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ISQ assina acordo no Brasil para impressão 3D

“Serão desenvolvidos projetos ao nível do fabrico aditivo para ligas biocompatíveis ao nível da produção de implantes médicos, com geometrias que imitam os ossos”, detalha o instituto sobre a parceria com a Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
15 Maio 2023, 16h38

O empresa portuguesa ISQ, especializada em serviços de engenharia, tecnologia, formação e inspeção, anunciou esta segunda-feira que assinou um protocolo de cooperação com a Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no Brasil, na área de impressão a três dimensões (3D).

Em causa está a “cooperação em fabrico aditivo, contribuindo para o desenvolvimento e transferência de conhecimento, mobilidade de estudantes de graduação e de pós-graduação, mobilidade de professores e de investigadores e projetos de investigação e desenvolvimento conjuntos”, de acordo a diretora de Inovação do ISQ, Ana Cabral.

Através desta parceria transatlântica, o ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade estará encarregue de fornecer meios técnicos e infraestruturas tecnológicas para trabalhos de investigação, bem como o ensino e a capacitação, através da estrutura ISQ Academy.

“Serão desenvolvidos projetos ao nível do fabrico aditivo para ligas biocompatíveis ao nível da produção de implantes médicos, com geometrias que imitam os ossos. O foco está em criar competências relacionadas com o desenvolvimento de materiais metálicos, otimização de processos de fabrico de implantes customizados, caracterização de materiais metálicos biocompatíveis e controle de qualidade do processo de fabrico aditivo de implantes”, explica Ana Cabral.

A impressão 3D, também designada produção aditiva, é uma área na qual a empresa nacional, tem apostado por considerar “determinante” para diferentes sectores de atividade – entre os quais saúde, energia, automóvel, moldes, arquitetura, aeronáutica, Tecnologias da Informação e Comunicação ou arte – e clusters industriais.

“O ISQ está a investir em vários projetos e a criar competências nestas áreas, tendo investido cerca de um milhão de euros num laboratório inovador na área do fabrico aditivo com diferentes tecnologias implementadas para dar apoio à indústria”, afirmou, por sua vez, o presidente do ISQ, Pedro Matias.

Para o instituto com sede no Taguspark, é cada vez mais comum a utilização de impressoras 3D na produção de produtos com materiais como plástico, resina, cerâmica ou metal. Por exemplo, no sector dos moldes, o ISQ acredita que este modelo de fabrico vai revolucionar toda esta fileira, na medida em que parte dos componentes que hoje são feitos com moldes e injeção, passarão a ser impressos diretamente nas linhas de produção do cliente final.

“Esta tecnologia permite um grande processamento de materiais e a produção de peças com uma complexidade geométrica de outra forma impossíveis de fazer, resultando em poupança de energia, já que utilizam quase só o material necessário para produzir a peça”, defende o ISQ.

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