A Casa Branca disse esta quinta-feira que Marrocos aceitou ser o quarto país muçulmano a normalizar as relações com Israel – juntando-se assim ao grupo formado pelos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão.
Como parte do acordo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordou em reconhecer a soberania do Marrocos sobre o Saara Ocidental – o que com certeza será dificilmente compaginável com qualquer acordo internacional, dado que a ONU não aceita esta soberania. Trump selou o acordo num telefonema feira com o rei Mohammed VI do Marrocos.
Segundo os jornais norte-americanos, Marrocos estabelecerá relações diplomáticas plenas e retomará os contactos oficiais com Israel, concederá licenças de uso de seu espaço aéreo e também, dentro de semanas, acordará a realização de voos diretos de e para Israel.
“Marrocos vai reabrir seus escritórios de ligação em Rabat e Tel Aviv imediatamente com a intenção de abrir embaixadas. E vai promover a cooperação económica entre empresas israelitas e marroquinas”, disse um dos assessores da Casa Branca, Jared Kushner.
Os palestinianos têm criticado os acordos de normalização, dizendo que os países muçulmanos retrocederam em relação à causa da paz ao abandonarem uma antiga exigência de que Israel aceite um Estado palestiniano.
Embora seja esperado que Biden mova a política externa dos Estados Unidos para longe da postura ‘América em Primeiro Lugar’ de Trump, o novo presidente já deu indicações de que continuará a procurar aquilo a que Trump chamou os ‘Acordos de Abraão’ entre Israel e as nações árabes e muçulmanas.
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