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Israel espera que mais 10 países mudem embaixadas para Jerusalém

A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros confirmou, num programa de rádio, a existência de conversações com outros 10 países sobre a transferência das missões diplomáticas para Jerusalém.
26 Dezembro 2017, 16h30

Depois de a Guatemala ter anunciado a deslocalização da sua embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém, decisão tomada após os Estados Unidos decidirem reconhecer a Cidade Santa como capital do Estado de Israel, sabe-se agora que Israel espera o mesmo de outros dez países.

Na segunda-feira, Benjamin Netanyahu comemorou a decisão da Guatemala e deixou a ideia de que espera de outros países a mesma decisão. “Isto é só o início”, afirmou o primeiro-ministro israelita no Knesset (Parlamento). A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Hotovely, foi mais além e num programa da rádio Kan revelou a existência de conversações com outros 10 países sobre a transferência das missões diplomáticas para Jerusalém.

De acordo com o El País, as Honduras, Togo e quatro micronações do Pacífico, juntamente com o Paraguai, estão entre os dez Estados que Israel espera mudarem as suas embaixadas para Jerusalém, reconhecendo também a Cidade Santa como a capital do país.

O periódico espanhol diz que Honduras deverá ser o próximo país a seguir os passos de EUA e Guatemala, visto ter sido um dos sete países a votar favoravelmente quanto à posição dos EUA na Assembleia Geral da ONU, a 21 de dezembro.

Até à decisão de Donald Trump, a 6 de dezembro, parecia existir um consenso internacional para condicionar o estatuto de Jerusalém, enquanto capital, à obtenção de um acordo de paz entre israelitas e palestinianos (que reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado).

Quando Israel anexou a parte oriental da Cidade Santa em 1980 depois de a ocupar na guerra de 1967, as missões diplomáticas estabelecidas em Jerusalém, foram trasnferidas para Tel-Aviv. Há mais de 30 anos atrás, o Conselho de Segurança da ONU condenou a medida unilateral de Israel como uma violação do direito internacional, mas até hoje o Estado de Israel não recuou nas suas pretensões.

 

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