Quase nove milhões de italianos serão chamados este domingo, 12 de junho, para a primeira volta das eleições municipais em cerca de 970 das 7.900 cidades do país. A lista de municípios que vão às urnas inclui 142 com mais de 15 mil habitantes. A segunda volta – para os municípios onde nenhuma candidato tiver mais de 50% dos votos, será a 26 de junho.
Entre os municípios estão 26 capitais de província, das quais quatro – Catanzaro (Calábria), Gênova (Ligúria), L’Aquila (Abruzzo) e Palermo (Sicília) também são capitais regionais, o que as coloca no topo da agenda política italiana. Governada pelo centro-esquerda, Palermo, com quase 660 mil habitantes e cerca de 552 mil eleitores, é a cidade mais populosa entre as que terão eleições este domingo.
A capital siciliana escolherá o sucessor de Leoluca Orlando, autarca pró-imigrantes numa região que é uma das portas de entrada dos refugiados que tentam atravessar o Mediterrâneo para entrar em Itália.
Segundo a imprensa italiana, as forças nacionais estão a usar Palermo como uma espécie de teste de âmbito nacional: o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, e o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) apoiam o mesmo candidato – Franco Miceli, na tentativa de perceberem até que pontos os dois partidos estão alinhados ou, ao contrário, incapazes de manterem coligações. Miceli tem como principal adversário Roberto Lagalla, que encabeça uma colição de vários partidos da direita.
Já em Génova, uma das mais importantes cidades portuárias do país, o autarca Marco Bucci é favorito à reeleição, com apoio da coaligação de direita e do partido de centro Itália Viva, do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi. Por sua vez, PD e M5S candidatam Ariel Dello Strologo.
Em Parma, uma das principais cidades das que vão a eleições este domingo, o centro-esquerda está unido em torno de Michele Guerra, enquanto a coligação de direita se dividiu entre dois candidatos: Pietro Vignali, apoiado por Silvio Berlusconi e Matteo Salvini, e Priamo Bocchi, secundado por Giorgia Meloni (líder dos Irmão de Itália).
O mesmo cenário repete-se em Verona, principal bastião da extrema-direita italiana e onde o autarca Federico Sboarina, apoiado por Salvini e Meloni, defronta o seu antecessor, Flavio Tosi, ex-membro da Liga (de Salvini) e agora aliado de Berlusconi, e o candidato de centro-esquerda Damiano Tommasi, ex-jogador da equipa do Roma.