Itália aposta forte na Líbia para garantir independência do gás russo

A petrolífera ENI vai investir o equivalente a 7.358 milhões de euros para colocar em funcionamento duas jazidas de gás na costa de Trípoli, no que é um dos maiores investimentos feitos na Líbia nos últimos 25 anos.

A petrolífera italiana ENI e a empresa nacional de hidrocarbonetos da Líbia (NOC) assinaram este sábado em Trípoli, na presença da primeira-ministra, Giorgia Meloni, um acordo de fornecimento de petróleo e gás da Líbia a Itália.

A ENI vai investir até 8.000 milhões de dólares, o equivalente a 7.358 milhões de euros, para colocar em funcionamento duas jazidas de gás na costa de Trípoli, no que é um dos maiores investimentos feitos na Líbia nos últimos 25 anos, noticia o jornal italiano La Repubblica.

O acordo permitirá reativar o sector energético de hidrocarbonetos da Líbia, principal fonte de receita do país -, além de fornecer à Itália, pelo menos, 1.100 milhões de metros cúbicos adicionais de gás a partir de 2026.

O acordo visa libertar a Itália do russo gás. Até 2021, a Rússia fornecia cerca de 40% das importações italianas de gás natural, com 29 mil milhões de metros cúbicos por ano. Desde o início da guerra na Ucrânia, Roma assinou acordos para aumentar as importações de Angola, Argélia, Azerbaijão e República do Congo.

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