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Já conhece o Ecoponto castanho? Saiba para que serve

“A taxa de reciclagem nacional estagnou em 21% e tem de chegar a 55% dentro de cinco anos”, lembrou Paulo Lucas, da Associação Zero. O novo ecoponto castanho tem data prevista de chegada em 2024.
24 Outubro 2019, 17h17

A partir de 2024, todos os Estados-membros da União Europeia serão obrigados a implementar o ecoponto castanho. Este novo depósito vai servir para os resíduos biodegradáveis, como restos de comida ou plantas de jardim. Assim, será possível gerir os resíduos urbanos, reduzir o desperdício e ajudar o meio ambiente.

De acordo com o semanário Expresso, para o contentor indiferenciado devem começar a ir apenas os resíduos sanitários ou os dejetos dos animais de companhia.

Recolher resíduos orgânicos é a única forma de Portugal atingir as metas de reciclagem. “A taxa de reciclagem nacional estagnou em 21% e tem de chegar a 55% dentro de cinco anos”, lembrou Paulo Lucas, da Associação Zero, ao mesmo jornal. Para os ambientalistas só é possível atingir as metas, reduzindo o que vai para o indiferenciado. Os ambientalistas defendem a recolha porta a porta, responsabilidade que atribuem aos municípios.

Em Lisboa, por exemplo, já se faz a recolha e transporte de biorresíduos oriundos de cantinas e restaurantes do município para valorização orgânica no sistema gerido pela Valorsul. Em troca recebe do sistema de que é acionista uma “contraprestação financeira pelo serviço”. Segundo a Câmara Municipal de Lisboa, em 2018, o município recolheu seletivamente 28 mil toneladas de biorresíduos – cerca de um terço do recolhido em todo o país (96 mil toneladas).

O município também tem o programa “Lisboa a Compostar”, que permitiu com a distribuição de mais de 1.500 compostores colocar os residentes na cidade a fazer compostagem nas suas varandas, logradouros ou jardins.

As juntas de freguesia colocaram na via pública compostores comunitários de 900 e 330 litros para as pessoas porem cascas de vegetais, legumes, hortaliças, fruta, guardanapos e papel de cozinha usado, borras de café, aparas de relva, que pela ação de microrganismos se transformam num composto útil para a agricultura. Pedro Carteiro sublinhou que o projeto permitiu “aumentar 72% a recolha seletiva entre 2017 e 2018”, revelando ser “uma autêntica ferramenta de gestão de resíduos urbanos”.

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