Até ao final de outubro de 2017 foram constituídas 34.292 empresas e outras organizações, mais 8,6% que no período homólogo, segundo o barómetro da Informa D&B sobre nascimentos, encerramentos e novas insolvências entre janeiro e outubro deste ano.
“Depois de um início de ano instável, desde maio que o número de constituições tem vindo a crescer”, revela a Informa D&B, acrescentando que depois da tendência irregular nos primeiros meses de 2017, o nascimento de empresas e outras organizações, registou sempre, desde maio, valores acima de 2016.
Este crescimento deve-se em especial ao aumento de nascimentos nos setores dos serviços com 11.155 nascimentos, mais 1.031 nascimentos (+10,2%) e atividades imobiliárias com 3.160 nascimentos, mais 671 (+27%).
O barómetro realça também o aumento de nascimentos registado na construção e alojamento – mais 439 (17,4%) para 2.969 – e restauração – mais 364 (9,4%) para 4.244.
Segundo a Informa D&B, não se verifica, no entanto, uma tendência generalizada nos setores. Os setores com descidas mais significativas em novas empresas são o retalho (-4,3%) e indústrias transformadoras (-4,5%).
Também a quase totalidade dos distritos sobe o número de constituições. À semelhança de 2016, o distrito de Lisboa mantém a liderança no crescimento das constituições de empresas e outras organizações (mais 14,8% para 11.501). Os distritos de Setúbal (mais 18,6% para 2.366) e Faro (mais 19% para 1.914) também apresentaram um crescimento acentuado nos primeiros nove meses de 2017.
Já o distrito do Porto, segundo maior distrito em empresas, inverte a tendência decrescente de 2016, subindo já de forma mais significativa (mais 3,9% para 5.974 nascimentos).
A análise da Informa D&B dá ainda conta que os encerramentos registados entre janeiro e outubro de 2017 desceram 3,3% em comparação com o mesmo período de 2016, apresentando, diz, “uma redução consistente desde abril”.
“Após uma tendência “instável” no primeiro trimestre, desde abril encerraram menos empresas e outras organizações, traduzindo-se numa descida consistente até outubro de 2017 de 3,3% face ao período homólogo. No entanto, esta tendência traduz um abrandamento face à descida verificada em 2016 (-6,8%)”, salienta o barómetro.
Segundo o barómetro, nos 10 primeiros meses do ano encerram 11.225 empresas e outras organizações. Nas novas insolvências, o ciclo de descida iniciado em 2013 mantêm-se no período em análise, sendo generalizado aos vários setores e regiões do país.
A maioria dos setores e distritos desce ou mantém o número de encerramentos. Em destaque, encontra-se o distrito do Porto onde encerraram menos 259 empresas e outras organizações (-12,6%). O distrito de Lisboa (+176 encerramentos) mantém-se em contraciclo neste indicador.
Rácio nascimentos/encerramentos foi de 2,5
De acordo com a Informa D&B, nos últimos 12 meses, o número de empresas criadas por cada uma que encerra foi de 2,5 (rácio nascimentos/ encerramentos) valor ligeiramente superior ao verificado há um ano atrás (2,3). Os setores com maior rácio de nascimentos/encerramentos são as actividades imobiliárias (5,5) e a agricultura, pecuária, pesca e caça (4,4).
Pagamento dentro dos prazos piorou
Ao nível da percentagem de empresas que pagam dentro dos prazos acordados, o barómetro dá conta que “piorou” (15,9%), sendo o valor mais baixo dos últimos dois anos e meio. O atraso médio de pagamento situa-se nos 26 dias, valor semelhante ao registado nos últimos 12 meses.
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