Todos nós sabemos que hoje em dia o mundo está completamente digital. Com a democratização do conhecimento e novas tecnologias, profissionais das várias áreas de negócio estão a assumir, cada vez mais, um papel de citizen developer, ou “cidadão programador”. Ou seja, são profissionais multidisciplinares que têm a capacidade para resolverem, sozinhos, problemas variados de tecnologia e de software. Como? Através da utilização de ferramentas modulares e intuitivas que lhes permitem total independência.

É aqui que entra o Low-Code. A forma como construímos aplicações está também a passar por uma transformação com a utilização de plataformas que aumentam a produtividade e permitem acelerar, fortemente, o tempo de entrega, através de uma construção mais intuitiva, não só para programadores profissionais, mas para qualquer profissional de outra área empresarial.

É uma abordagem de desenvolvimento de software que requer pouco ou nenhum código para construir aplicações e processos. Esta abordagem utiliza interfaces visuais com funcionalidades simples de lógica de arrastar e largar, em vez de extensas linguagens de programação.

Segundo o estudo “The State of Low-Code 2021”, os departamentos de TI, impulsionados pela pandemia por Covid-19, estão a democratizar o desenvolvimento de software para além dos programadores, sendo que 59% dos projetos que usam low-code são uma colaboração entre as equipas das áreas de negócio e dos TI.

As plataformas de Low-Code colocam o poder de resolução de problemas e criação de soluções – com a construção de aplicações ou implementação de processos – nas mãos de pessoas que não são programadores de profissão, permitindo-as, desta forma, evoluir profissionalmente em direção a um papel de citizen developer. De acordo com a Gartner, até 2024, cerca de 80% dos produtos e serviços de TI serão desenvolvidos por profissionais que não são da área de tecnologia, graças às ferramentas low-code. Ou seja, as aplicações ou processos serão criados ou desenvolvidos por profissionais que gosto de designar como power users.

Resumindo: porquê optar por esta tecnologia?

1. Pela capacidade de acelerar a entrega de novos softwares e aplicações. Ao encurtar o ciclo de vida de desenvolvimento de software, o low-code acelera o tempo de colocação no mercado, melhora a flexibilidade e liberta as equipas de desenvolvimento para trabalharem em projetos mais complexos, e assim concentrarem-se na inovação principal: 51% dos programadores dizem que metade de seu trabalho de desenvolvimento diário poderia ser realizado numa plataforma de low-code.

2. Como não existe a necessidade de ter conhecimentos em código de programação, possibilita que as mudanças nas soluções sejam implementadas muito mais rapidamente.

3. Dado que as soluções são construídas em menos tempo, os custos tendem a ser também muito menores.

4. Permite que as organizações se adaptem mais facilmente às mudanças do mercado e às necessidades dos clientes, melhorando a experiência do cliente e trazendo impactos positivos para a organização.

Concluindo, uma tecnologia que permite um melhor desempenho e que começa a interpretar um papel de destaque no desenvolvimento de software, merece, sem dúvida, toda a atenção!