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Jamie Oliver vai fechar 6 restaurantes no Reino Unido. E a culpa é do Brexit

O conhecido chef Jamie Oliver vai fechar seis dos 42 restaurantes que tem no Reino Unido. O Brexit tornou os negócios insustentáveis, explicou o CEO do grupo, citado pela Reuters.
6 Janeiro 2017, 12h50

“Tal como os donos dos restaurantes bem sabem, este mercado é duro e as pressões e as incertezas do pós-Brexit tornaram a situação muito mais complicada”, disse Simon Blagden.

 E como é que o Brexit bateu à porta de Jamie Oliver?

Com a queda do preço da libra, que fechou 2016 com uma desvalorização acumulada de mais de 16% face a dólar, os preços dos produtos e ingredientes que Jamie Oliver compra em Itália,  dispararam.

 “Nós recusamo-nos a comprometer a qualidade, a origem dos nossos ingredientes e a formação e desenvolvimento das nossas equipas. Precisamos que os restaurantes sirvam, em média, três mil refeições por semana, para serem rentáveis”, justificou Blagden.

 Os seis restaurantes, em Aberdeen, Exeter, Cheltenham, Richmond, Tunbridge Wells e Ludgate Hill, em Londres, vão fechar até março e representam menos de 5% do volume de negócios total do grupo.

 Cento e vinte pessoas vão ser afetadas, o que equivale a menos de 5% da equipa total da cadeia de restaurantes, mas isso não significa que vão ser despedidos.

 “Estes encerramentos não refletem a dedicação e o compromisso da nossa equipa e a minha prioridade vai ser assegurar as pessoas afectadas, propondo-lhes alternativas dentro do grupo”, disse Blagden. “Nos casos em que não for possível, vamos trabalhar em conjunto para encontrar um emprego alternativo.”

 Jamie Oliver tem actualmente 42 restaurantes no Reino Unido e outros 36 no resto do mundo. “Globalmente o negócio está a correr bem, com um aumento das vendas e do número de refeições.”

 Em 2015, o grupo de empresas de Jamie Oliver, que abrange áreas como a produção de televisão, os livros e o canal digital foodtube, aumentou as receitas totais em 2% para 169 milhões de euros.

 

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