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Japão aprova lei que permite a abdicação do imperador

A medida especial, criada apenas para Akihito, surge depois de o imperador da dinastia reinante mais antiga do mundo ter manifestado, no verão passado, a intenção de abdicar devido à idade avançada e saúde enfraquecida.
  • Thomas Peter/REUTERS
19 Maio 2017, 11h11

O conselho de ministros do Japão aprovou esta sexta-feira uma proposta de lei extraordinária para permitir ao imperador atual, Akihito, renunciar ao trono do Crisântemo. A medida, que o Executivo espera que seja aprovada pela Dieta (o Parlamento), vai fazer com que Akihito se possa tornar o primeiro imperador a renunciar nos últimos 200 anos, cedendo o cargo ao filho mais velho, Naruhito.

A medida especial, criada apenas para Akihito, surge depois de o imperador da dinastia reinante mais antiga do mundo ter manifestado, no verão passado, a intenção de abdicar devido à idade avançada e saúde enfraquecida. O primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, considera que o momento ideal para o fazer é em dezembro de 2018, altura em que o imperador Akihito completa 85 anos e três décadas de governação.

A questão das abdicações não é nova na história japonesa, embora a família imperial se tenha vindo a deparar no plano das sucessões. A primeira vez que um imperador abdicou do trono aconteceu em 1817, com Kokaku.

O documento de abdicação segue agora para a Dieta, onde deverá ser aprovado, sem grandes obstáculos, em meados do próximo mês. Desta forma, Akihito estará apto para renunciar até ao final do próximo ano.

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