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Japão nega ter feito demasiadas cedências nas negociações com Estados Unidos

A informação foi dada pelo principal porta-voz do governo japonês, assumindo que o facto de os dois países terem conseguido chegar a um amplo acordo foi “muito valioso”.
  • Guerra Comercial EUA-China
26 Agosto 2019, 13h15

O Japão negou ter feito demasiadas cedências nas negociações comerciais com os Estados Unidos,  noticia a agência “Reuters” esta segunda-feira. A informação foi dada pelo principal porta-voz do governo japonês, assumindo que o facto de os dois países terem conseguido chegar a um amplo acordo foi “muito valioso”.

Os Estados Unidos e o Japão chegaram a um princípio de acordo comercial no domingo, que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe esperam assinar em Nova Iorque no próximo mês.

Ao anunciar o acordo com Shinzo Abe nos bastidores da cimeira do G7 em Biarritz, em França, Donald Trump não assumiu nenhum compromisso público de abandonar a ameaça de impor taxas adicionais aos automóveis japoneses.

Yoshihide Suga, secretário-geral japonês, diz acreditar que os Estados Unidos não vão recorrer a novas taxas porque Donald Trump e Shinzo Abe já tinham concordado que Washington adiaria essa medida enquanto as negociações estiverem a decorrer.

“O Japão e os EUA negociaram com base na declaração conjunta em setembro passado”, afirmou Suga numa conferência de imprensa entrevista em Tóquio.

Donald Trump já tinha anunciado esta segunda-feira que os Estados Unidos retomarão “muito em breve” as negociações comerciais com a China, depois de uma nova escalada de tensão nos últimos dias entre os dois gigantes económicos.

Trump disse que o governo norte-americano recebeu uma comunicação das autoridades chinesas indicando o desejo de voltar à mesa das negociações para discutir um acordo comercial.

“A China ligou ontem à noite (…). Disse: ‘vamos voltar para a mesa de negociação’, logo, voltaremos (…). Vamos começar a negociar novamente muito em breve”, disse Trump à margem da cimeira do G7, em Biarritz, no sudoeste da França.

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