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Japão vai instalar novos sistemas antimísseis por causa da Coreia do Norte

O executivo do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, autorizou a compra de duas unidades Aegis Ashore, que marcam assim a incorporação nas forças terrestres do sistema de fabrico norte-americano, que já se encontra instalado em alguns contratorpedeiros da Marinha.
  • Alexandre Meneghini/Reuters
19 Dezembro 2017, 07h50

O governo do Japão aprovou hoje a aquisição de dois sistemas antimísseis norte-americanos para aumentar a capacidade de defesa do país perante a ameaça que representa a Coreia do Norte.

O executivo do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, autorizou a compra de duas unidades Aegis Ashore, que marcam assim a incorporação nas forças terrestres do sistema de fabrico norte-americano, que já se encontra instalado em alguns contratorpedeiros da Marinha.

Para agilizar o destacamento dos sistemas de interceção de mísseis, que se esperam prontos “o mais rapidamente possível”, o Ministério da Defesa japonês planeia destinar parte do orçamento suplementar deste ano e aumentar em 730 milhões de ienes (5,5 milhões de euros) o orçamento recorde de 5.260 milhões de ienes (39,6 milhões de euros) pedido para 2018.

O governo japonês tem previsto aprovar na sexta-feira a proposta dos orçamentos gerais do país para o próximo ano. Não está ainda decidido para onde vão ser destacados os novos sistemas de defesa antimísseis, embora Tóquio espere que com eles garanta a cobertura de todo o país, onde até agora os únicos sistemas terrestres antimísseis eram os Patriot Advanced Capability 3 (PAC-3).

As últimas unidades do PAC-3 foram instaladas na ilha de Hokkaido (norte) em setembro, em resposta ao lançamento de dois mísseis pela Coreia do Norte que sobrevoaram essa região nesse mês e no anterior antes de se despenharem no mar.

Apesar de a Constituição do Japão estabelecer que o país apenas pode dotar-se de capacidades militares defensivas, o Executivo liderado pelo conservador Shinzo Abe impulsionou uma reinterpretação desta norma para alargar as competências neste domínio.

Desde a chegada ao poder de Abe, em finais de 2012, o orçamento da Defesa aumentou anualmente de forma sustentada num contexto de constante tensão na península coreana perante a ameaça que representa o avanço do programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte e de contendas territoriais com a China.

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