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Jerónimo de Sousa: Programa de Estabilidade e Plano Nacional de Reformas “têm aprofundado a crise no país”

O secretário-geral do PCP diz que os graves problemas económicos e sociais do país “exigem um outro patamar de resposta política, inviável no atual quadro de constrangimentos e condicionamentos externos”.
22 Abril 2017, 16h38

“Não se pode deixar de se constatar a existência de contradições e limitações decorrentes das opções políticas do governo do PS”, referiu Jerónimo de Sousa, no almoço comemorativo do 43.º aniversário do 25 de abril, em São João da Talha, Loures.

O líder comunista, aquando do seu discurso, considerou que o Programa de Estabilidade e o Plano Nacional de Reformas “têm aprofundado a crise no país”, além de condicionarem “gravemente a decisão soberana” de Portugal por imporem metas ao défice e à divida e assim “determinarem de antemão” políticas nacionais, noticia a agência Lusa.

“Problemas que não encontrarão resposta, antes se adiarão e retardarão na sua solução se as orientações e objetivos constantes no Programa de Estabilidade e no Plano Nacional de Reformas, esses instrumentos de ingerência e policiamento impostos pela União Europeia e pelo euro que o governo minoritário do PS agora aprovou, se confirmarem como opções da política governativa dos próximos anos”, disse.

O secretário-geral do PCP diz notar uma “resistência quando se inviabiliza alterar o Código de Trabalho e a legislação laboral da Administração Pública, extinguindo normas impostas pelo anterior governo e lesivas dos direitos dos trabalhadores”, tendo notado também uma resistência à “não eliminação da caducidade na contratação coletiva”.

Jerónimo de Sousa referiu ainda que graves problemas económicos e sociais “exigem um outro patamar de resposta política, inviável no atual quadro de constrangimentos e condicionamentos externos”, referindo-se ao desemprego, precariedade, baixos salários e reformas, assim como “os insuficientes níveis de crescimento económico e a injusta distribuição da riqueza”.

O político reafirmou a necessidade de combater a precariedade e alterações às regras das reformas que “corresponda às justas expectativas dos trabalhadores”.

 

 

 

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