Trump ameaçou cortar a ajuda financeira aos países que votassem a favor da proposta da ONU que vai pedir aos EUA que recuem na decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e para esse efeito, prometeu que iria ‘tomar nota’ desses países. Ora, soube-se esta tarde que 128 países votaram a favor dessa resolução da ONU.
O reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel foi declarado “nulo e sem efeito” por 128 países-membros da Assembleia-geral da ONU numa votação que decorreu hoje na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Os 128 países votaram a favor de uma resolução, sem caráter vinculativo, que foi proposta pelo Iémen e pela Turquia, em nome de um grupo de países árabes e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), e que é contra o reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel.
Entre os 193 países-membros da Assembleia-geral, nove votaram contra a resolução e 35 optaram pela abstenção.
Embaixadora norte-americana ‘denuncia’ intenções de Trump
Quem revelou que o presidente norte-americano irá assumir este comportamento foi a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, confidenciando que Trump lhe pediu para anotar os nomes dos países que votarem contra a resolução proposta por Washington.
A posição de Trump foi explicada por Nikki Haley no Twitter: “Nas Nações Unidas, pedem-nos constantemente que façamos mais e que dêmos mais. Por isso, quando tomamos uma decisão, pela vontade dos americanos, sobre onde localizarmos a nossa embaixada, não esperamos que aqueles que ajudámos nos coloquem como alvo. Na quinta-feira, vai haver uma votação a criticar a nossa escolha. Os EUA vão apontar os nomes”.
Esta sessão especial foi solicitada pelos países árabes, após o veto dos Estados Unidos, na segunda-feira, no Conselho de Segurança da ONU, de uma resolução que pretendia censurar a opção da administração norte-americana relativamente a Jerusalém.
O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 países-membros: desses 14, incluindo alguns aliados chegados dos EUA, pediam à administração norte-americana que voltasse atrás nesta sua decisão.
Apesar do isolamento, o veto dos Estados Unidos deixou tudo na mesma.
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