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Jesus deu “puxão de orelhas” a Pizzi por discussão no balneário do Dragão

Episódio foi a “gota de água” numa relação tumultuosa entre Jesus e jogadores. A saída do treinador é um desfecho há muito anunciado.
28 Dezembro 2021, 17h00

A segunda passagem de Jorge Jesus pelo Benfica chegou hoje ao fim e fica marcada pela ausência de títulos e pelos vários conflitos no seio do plantel. Segundo fonte próxima da direção, contactada pelo Jornal Económico, a derrota com o FC Porto para a Taça de Portugal só serviu para agravar o mal-estar e consumar a rutura entre técnico e jogadores.

Segundo a mesma fonte, a relação entre Jorge Jesus e alguns dos jogadores mais conceituados, entre os quais Pizzi e Vertonghen, não era a melhor. Foram inúmeras as situações nas quais o plantel demonstrou descontentamento quanto à forma como o técnico se dirigia aos jogadores.

As reuniões mantidas com os responsáveis do Flamengo, em vésperas de defrontar o o FC Porto no Dragão, também não foram bem acolhidas pelo plantel que encarou, esses encontros, como falta de compromisso do treinador.

O episódio em torno de Pizzi foi o ponto final na ligação de Jesus com o Benfica. No final da partida do Estádio do Dragão, que terminou com derrota por 3-0, e na ausência de André Almeida, Pizzi usou da palavra e repreendeu os companheiros pelo desempenho e resultado obtido frente ao grande rival da Invicta. Uma situação que desagradou a Jorge Jesus que, no treino de ontem, o chamou à parte do grupo para lhe comunicar a decisão de o afastar dos trabalhos da equipa.

A medida, imposta pelo treinador de 67 anos ao médio que é um dos capitães encarnados, foi mal recebida pelo plantel, revelou fonte da direção ao Jornal Económico e, por essa razão, a saída tornou-se irreversível.

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