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Jihadista extraditado da Alemanha vai ficar isolado no Monsanto

Abdessalam Tazi, acusado de recrutar jovens em Portugal para o Daesh, já foi entregue pela Alemanha às autoridades portuguesas.
24 Março 2017, 11h18

O suspeito jihadista, que estava preso na Alemanha, foi extraditado e chegou ao final da tarde de ontem a Portugal. Abdessalam Tazi já foi ouvido pelo juiz e depois colocado numa cela isolada da prisão de alta segurança no Monsanto, em Lisboa, para que não possa de contactar com outros reclusos, de acordo com informações divulgadas esta sexta-feira pelo “Diário de Notícias”.

Abdessalam Tazi tem 63 anos, é suspeito de recrutar jovens em Portugal para o Daesh, especialmente magrebinos, e está indiciado também pelos crimes de adesão e apoio a organização terrorista, e financiamento do terrorismo, segundo o diário. O marroquino seria o líder de uma célula terrorista com base em Aveiro, de acordo com uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ), dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

Abdessalam Tazi estava detido na Alemanha desde o verão do ano passado pelos crimes de burla, falsificação de documentos e pequenas fraudes bancárias. Se não tivesse sido extraditado para Portugal, teria sido libertado depois de cumprir a pena no país. Abdessalam Tazi foi ouvido ontem pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal e depois levado para a prisão em Monsanto, onde o isolamento visa prevenir que o marroquino tente aliciar mais outros reclusos para o grupo terrorista.

Para além de Abdessalam Tazi, a célula terrorista em Aveiro incluía ainda o marroquino Hicham el Hanafi. Este foi detido em novembro do ano passado pelas autoridades francesas por suspeitas de estar a preparar um atentado no país. Ambos os marroquinos têm autorização de residência em Portugal e estatuto de asilado político desde 2014.

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