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João Almeida exige clarificação de Costa a “críticas revoltantes” à gestão das empresas portuguesas

Candidato à presidência do CDS-PP considera que palavras proferidas por Augusto Santos Silva nesta sexta-feira foram “maior desconsideração de sempre de um governante ao tecido empresarial”.
28 Dezembro 2019, 11h39

O candidato à presidência do CDS-PP João Almeida considera que as “críticas revoltantes” que Augusto Santos Silva fez na sexta-feira  à qualidade da gestão das empresas nacionais exige uma clarificação do primeiro-ministro António Costa. “É a maior desconsideração de sempre de um governante ao tecido empresarial português”, disse o deputado centrista, em declarações ao Jornal Económico, salientando que as palavras do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros assumem maior gravidade por este deter a tutela do AICEP, organismo ao qual cabe promover a internacionalização das empresas portuguesas.

Augusto Santos Silva disse na sexta-feira, na sessão de encerramento do 8.° Fórum Anual de Graduados Portugueses no Estrangeiro, que um dos principais problemas das empresas portuguesas reside na “fraquíssima qualidade da sua gestão”. “Eu quero que os doutorados tragam mais qualidade para a gestão”, salientou o ministro, por entre críticas a um tecido empresarial “muito pouco qualificado” e “muito pouco capitalizado”.

Para João Almeida, “um ministro de Estado não pode dizer isto sobre a gestão das empresas portuguesas”, vendo nas palavras do governante “um ataque à iniciativa privada desajustado e revoltante”. Exige, por isso, explicações ao primeiro-ministro, até porque “é fundamental dizer que a gestão das empresas portuguesas permitiu ao longos dos anos um sucesso que permitiu o esbanjamento de recursos públicos por governos socialistas”. De que, salienta o deputado centrista, Augusto Santos Silva é um expoente, pois “esteve nos três períodos de governação socialista nos últimos 25 anos”.

Ainda segundo o candidato à presidência do CDS-PP, as empresas nacionais têm resistido à burocracia, a impostos superiores aos que são pagos por concorrentes de outros países, à justiça que não funciona e a custos de contexto mais elevados, conseguindo “ainda assim conquistar quota de mercado” e “obter ganhos de produtividade, apesar do Estado”.

 

 

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