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João Leão confiante de que a recuperação da crise será “mais rápida” do que a anterior

O ministro da tutela volta ainda a realçar que o Orçamento não prevê aumento de impostos, à semelhança do que havia feita na audição da Comissão de Orçamento e Finanças, que teve lugar ontem. 
17 Junho 2020, 15h45

Na estreia em plenário, na Assembleia da República, coube a João Leão a abertura do debate na generalidade do Orçamento Suplementar. O ministro das Finanças defendeu as medidas previstas no Programa de Estabilização Económica e Social, que o documento em discussão enquadra, salientando o seu papel para uma recuperação “mais rápida” do que a na anterior crise.

“Prevemos, assim, já para 2021 um crescimento do PIB de 4,3%. Em resultado dessa recuperação ocorra também já em 2021, uma redução significativa do défice orçamental, voltando a ficar abaixo dos 3%, tal como prevê a Comissão Europeia”, disse, destacando as projeções macroeconómicas, que apontam para uma contração do PIB de 6,9% este ano e um défice de 6,3%.

O ministro, que tomou posse na segunda-feira, afirmou acreditar que a recuperação será mais rápida do que na anterior crise. “É um caminho que devemos percorrer com sentido de responsabilidade”, vincou.

O sucessor de Mário Centeno vincou que o Orçamento Suplementar tem como objetivo responder ao impacto de uma crise de saúde pública, que gerou “uma crise económica e social sem precedentes nas nossas vidas”. Realçou que “este Orçamento é verdadeiramente suplementar porque partindo do Orçamento de Estado para 2020” e acrescenta “um envelope financeiro necessário para financiar as medidas de combate ao efeito da Covid-19”.

O ministro da tutela volta ainda a realçar que o Orçamento não prevê aumento de impostos, à semelhança do que havia feita na audição da Comissão de Orçamento e Finanças, que teve lugar ontem.

O debate em plenário será seguido pela votação na generalidade, tendo os partidos à esquerda e o PSD já garantido a viabilização do documento nesta fase, através da abstenção. A discussão e votação da proposta do Orçamento decorre entre 16 de junho e 3 de julho. Depois da votação desta quarta-feira, os partidos até ao dia 24 para apresentar propostas de alteração na especialidade, estando a votação global está prevista para o dia 3 de julho.

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