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A advogada de João Rendeiro revelou que o antigo banqueiro cometeu suicídio na prisão de Westville no leste da África do Sul.
“Não sei o que aconteceu. Ele matou-se”, disse June Marks à “RTP”. “Não consigo fazer mais comentários neste momento”.
Já ao “Correio da Manhã” a advogada relatou que o ex-banqueiro estava com um “comportamento errático nos últimos dias”.
No entanto, no último encontro com Rendeiro este mostrou-se “animado” e confiante que não seria extraditado para Portugal, uma decisão que seria tomada pelo tribunal em junho.
A advogada de João Rendeiro na África do Sul, June Marks, comunicou às autoridades do país esta semana que ia deixar de o representar.
“Algures durante o curso desta semana, o Estado foi notificado pela sua representante legal que iria retirar os seus serviços. O Estado então requereu a Rendeiro para aparecer hoje no tribunal de Verulam para que os assuntos legais [sobre a sua representação] pudessem ser tratados antes da conferência pré-julgamento na próxima semana”, segundo um comunicado do Ministério Público do país (NPA), citado pela “SIC Notícias”.
“Antes da audiência de hoje, o Estado foi informado que Rendeiro tinha falecido. O NPA aguarda confirmação disto. O magistrado adiou a audiência para 20 de maio para o tribunal confirmar a morte de rendeiro e para tomar decisões”, acrescenta.
Detido em 11 de dezembro na cidade de Durban, após quase três meses fugido à justiça portuguesa, João Rendeiro foi, então, presente ao juiz Rajesh Parshotam, do tribunal de Verulam, que lhe decretou no dia 17 de dezembro a medida de coação mais gravosa, colocando-o em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Westville.
O ex-banqueiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros. Das três condenações, apenas uma já transitou em julgado e não admite mais recursos, com João Rendeiro a ter de cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e oito meses.
João Rendeiro foi ainda condenado a 10 anos de prisão num segundo processo e a mais três anos e seis meses num terceiro processo, sendo que estas duas sentenças ainda não transitaram em julgado.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.
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