O presidente dos EUA Joe Biden alertou o seu homólogo chinês Xi Jinping, num telefonema, para o facto de que os EUA estão preparados para retaliar se Pequim apoiar ativamente a Rússia na Ucrânia.
Segundo o “Financial Times” Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, disse que Biden “deixa claro que a China assumirá responsabilidade por quaisquer ações que tomar no sentido de apoiar a agressão da Rússia”.
Por sua vez, Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca, explicou aos jornalistas que o telefonema foi uma oportunidade para Biden perceber a posição do presidente Xi. “O facto de a China não ter denunciado o que a Rússia está a fazer, diz muito”, acrescentou.
Da parte da China, esta semana, a 15 de março a China também deixou um aviso: se for afetada pelas sanções à Rússia estaria disposta a retaliar.
“A China não faz parte desta crise, nem quer que as sanções afetem a China”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi ao seu homólogo espanhol, José Manuel Albares, em declarações divulgadas e citadas pelo “Financial Times”. “A China tem o direito de salvaguardar seus direitos e interesses legítimos”, acrescentou.
Pequim tem afirmado publicamente que tem uma posição neutra, mas os EUA estão preocupados de que o país esteja a aproximar-se de apoiar a Rússia. De recordar também que a China também tem evitado descrever a guerra como uma “invasão”, referindo-se à “questão” ou “crise” da Ucrânia e que no mês passados os líderes da China e Rússia emitiram uma nota onde descreviam a parceria entre ambos como não “tendo limites”.
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