[weglot_switcher]

Joe Biden: “Estados Unidos vão reforçar esforço de contenção da Rússia”

No final da reunião do G7, o presidente norte-americano disse que o investimento no apoio à Ucrânia é para continuar. E afirmou não estar preocupado com o impacto da guerra nas presidenciais de 2024 no seu país.
  • Michael Reynolds/EPA via Lusa
24 Março 2022, 18h16

Entre o encontro do G7 e a reunião com o Conselho Europeu, o presidente norte-americano, Joe Biden, apresentou-se numa conferência de imprensa onde revelou que o esforço de manter a Rússia confinada – e que “levou às maiores sanções alguma vez avançadas sobre um Estado” – são para continuar.

Isto apesar do enorme esforço já empreendido: “os Estados Unidos já enviaram dois mil milhões de dólares em armamento e mil milhões em assistência humanitária para a Ucrânia”, mas nada fará p seu país poupar qualquer esforço. Isso mesmo fica evidente, disse, pelo aumento do contingente da NATO “na Roménia, Hungria Polónia e Eslováquia”, que acaba de ser decidido, como forma de manter a pressão sobre a Rússia.

Visivelmente candado – pediu para repetir perguntas e confundiu algumas datas – Joe Biden foi pouco claro sobre a forma como responderá à Rússia se o país decidir avançar com a utilização de armas químicas e/ou biológicas.

Por outro lado, Biden disse que “deixei claro a Xi Jinping, o presidente da China, as consequências de apoiar a Rússia, militarmente ou de outra forma. Colocaria em perigo a forma como eles querem crescer economicamente”. E esse parece ser um discurso que Pequim percebe: “o seu futuro económico só estará assegurado com o Ocidente e não com a Rússia”, referiu, para enfatizar que “a China não poderá também contornar as sanções impostas à Rússia”, sob pena de poder cair sob a sua alçada.

O presidente norte-americano revelou ainda que o G7 manteve um debate sobre a forma como o grupo pretende responder à suspensão quase total das exportações da Ucrânia, nomeadamente na frente alimentar, que estão a motivar um crescente medo de rutura da cadeia alimentar em várias zonas do globo. Biden prometeu para breve decisões sobre essa matéria.

O presidente dos Estados Unidos, que vai esta sexta-feira visitar a Polónia, teve ainda oportunidade de dizer que não está verdadeiramente preocupado com a forma como a guerra e o seu combate impactará o processo eleitoral presidencial em 2024. Essas são, afirmou, outras contas, que não entram na equação da guerra.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.