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Jogos Olímpicos de Inverno. China recebeu 2,9 mil atletas divididos por 109 eventos com um orçamento de 3,5 mil milhões de euros

Todos os 13 locais de competição foram alimentados com energia renovável, energia solar e eólica como fontes primárias de energia, feito inédito em Jogos Olímpicos. Adicionalmente, foram também instalados sistemas de refrigeração de CO2 natural.
21 Fevereiro 2022, 16h52

Terminados mais uns Jogos Olímpicos de Inverno (JOI), desta feita em Pequim, China, a Noruega surge como o principal vencedor do evento, sem surpresa, não fosse o país do norte da Europa um dos que mais tradição tem em desportos de inverno. No entanto, o evento não se resumiu apenas à competição. A pandemia de Covid-19 alterou radicalmente o formato dos JOI, com medidas restritivas tanto para atletas como para o público estrangeiro.

No total, foram 90 comités olímpicos nacionais, correspondentes a 2,9 mil atletas que, por sua vez, competiram em 109 eventos diferentes. Pequim tornou-se na primeira cidade da história a sediar os Jogos Olímpicos de Inverno e Verão (2008).

O evento contou com sete novos eventos: mono bob feminino (sob bobsleigh), esqui freestyle big air, bem como eventos de equipas mistas em salto de esqui, antenas de esqui freestyle, snowboard cross e revezamento de equipe de patinação de velocidade em pista curta. 45% dos atletas foram mulheres e 47% dos eventos são eventos femininos, tornando Pequim 2022 os JOI de Inverno mais equilibrados em termos de género.

Todos os 13 locais de competição foram alimentados com energia renovável, energia solar e eólica como fontes primárias de energia, feito inédito em Jogos Olímpicos. Adicionalmente, foram também instalados sistemas de refrigeração de CO2 natural.

Os JOI custaram 3,5 mil milhões de euros, segundo dados preliminares da organização, ainda que antecipem que o custo real poderá ter sido maior. Em termos comparativos, os JOI sediados em Sochi (Rússia), custaram um total de 44,9 mil milhões de euros, embora a organização chinesa, ao contrário da russa, tenha reutilizado a grande maioria das infraestruturas construidas para o evento de verão.

Aos gastos diretos com o evento, junta-se o investimento em ferrovia pelo governo chinês, que alocou 7,9 mil milhões de euros para ligar Pequim aos resorts de esqui situados em Zhangjiakou e Yangqing.

Noruega supera rivais e supera rivais na contagem das medalhas

Com um total de 37 medalhas, 16 de ouro, oito de prata e 13 de bronze, a Noruega foi o país que colocou mais atletas no pódio, superando a Alemanha com 27 medalhas (doze de ouro, dez de prata e cinco de bronze) e a China, que acumulou 15 medalhas (nove de ouro, quatro de prata e duas de bronze).

Foi a primeira vez que o país do norte da Europa terminou uns Jogos Olímpicos (inverno e verão) com mais medalhas que todos os outros países em competição. Quando Tore Ovrebo, responsável pelo programa nacional de desenvolvimento de atletas da Noruega, conhecido como Olympia toppen, chegou a Pequim, ele fez uma previsão sobre quantas medalhas o seu país ganharia: “O objetivo são 32 – três, dois”, disse Ovrebo numa conferência de imprensa. Não errou por muitos e, certamente, estará satisfeito por não ter acertado.

Ovrebo começou a traçar o seu plano de jogo, prevendo que a Noruega ganharia medalhas repetidamente em três disciplinas principais: esqui alpino, biatlo e esqui cross-country.

Com os JOI terminado, a Noruega acabou mesmo por fazer o que muitas achavam irrealista, ao superar os grandes favoritos EUA, que tinha na sua comitiva 223 atletas, mais do dobro em relação aos noruegueses que apresentaram 99 atletas na China.

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