José Honório esteve no BES com “espírito de missão” mas realidade foi “distinta” do imaginado

O ex-administrador do BES e do Novo Banco José Honório disse hoje que aceitou o convite para ir para o BES com “espírito de missão” e em nome do “interesse nacional”, mas a realidade foi “distinta” do imaginado. “Quer o dr. Vítor Bento, quer o senhor governador [Carlos Costa], colocaram-me o assunto como tratando-se de […]

O ex-administrador do BES e do Novo Banco José Honório disse hoje que aceitou o convite para ir para o BES com “espírito de missão” e em nome do “interesse nacional”, mas a realidade foi “distinta” do imaginado.

“Quer o dr. Vítor Bento, quer o senhor governador [Carlos Costa], colocaram-me o assunto como tratando-se de uma missão patriótica de superior interesse nacional. E a ideia que me foi transmitida foi a de que o BES era um banco sustentável, sobretudo após se ter realizado, com sucesso, um recente aumento do seu capital social no montante de cerca de mil milhões de euros”, declarou Honório, que esteve nas equipas de Vítor Bento no BES e depois no Novo Banco.

O responsável falava na comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está a ser ouvido desde cerca das 16:00.

José Honório diz que aceitou o convite para ser administrador do BES imbuído de um “espírito de missão” e “convencido da viabilidade do banco, da necessidade de estabilizar a sua gestão e de recuperar a sua imagem e credibilidade junto de investidores, clientes e do público em geral”.

“A realidade com que me deparei no banco foi, todavia, completamente distinta daquela que me havia sido relatada e de tudo o que poderia imaginar”, assinalou perante os deputados.

A comissão de inquérito arrancou a 17 de novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.

Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito “apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades”.

OJE/Lusa

Recomendadas

TAP paga mais de 50% por aviões que companhias candidatas à privatização

TAP pagou 603,6 milhões de euros em leasing de aeronaves no ano passado. Cada avião custou 7,64 milhões de euros, mais 2,2 milhões que em 2019.

PremiumFidelidade desiste da Liberty. Generali, Allianz e Zurich avançam

Foram entregues as propostas vinculativas para a Liberty Europa esta quarta-feira. As grandes companhias internacionais mantêm-se na competição. A portuguesa Fidelidade não entregou proposta.

BEI dá “empréstimo verde” de 450 milhões para apoiar plano da REN de extensão da rede de transporte de eletricidade

A cerimónia de assinatura decorreu hoje em Lisboa, onde o Vice-Presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix, e o CEO da REN, Rodrigo Costa, sublinharam o significado dos 450 milhões de euros destinados a financiar a modernização global e o aumento da capacidade da rede de transporte de eletricidade em Portugal.