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José Manuel Coelho: o deputado madeirense que não consegue fugir à polémica

O antigo líder do PTP já esteve de cuecas na Assembleia da Madeira e chegou a mostrar uma bandeira nazi no parlamento. Recorde alguns dos episódios mais polémicos do deputado madeirense.
  • Foto de arquivo
5 Julho 2019, 17h05

A polémica tem batido de frente com a carreira política de José Manuel Coelho. O antigo líder do PTP, José Manuel Coelho, foi condenado esta sexta-feira a três anos e meio de prisão efectiva, por difamação agravada e desobediência. Recorde alguns dos episódios mais infames desta figura da política madeirense.

Um dos momentos mais polémicos da carreira política de José Manuel Coelho foi o episódio em que se decidiu se despir, e ficar em cuecas, perante a Assembleia Legislativa da Madeira. Estávamos em em 2016, quando o deputado do PTP, decidiu utilizar esta forma controversa para expressar o seu protesto por os seus vencimentos estarem penhorados.

Na altura o deputado trabalhista disse ser alvo de perseguição pelo PSD, e que os juízes e magistrados do Ministério Público na região eram “corruptos e o braço armado” da maioria social democrata.

Mas as polémicas não se ficam por aqui. Em 2008 voltou a ser falado mas desta vez como deputado do PND. O episódio envolveu um relógio de cozinha, que colocou no pescoço. Também em 2008, o deputado levou as coisas bem mais longe quando decidiu mostrar na Assembleia da Madeira uma bandeira nazi e acusou, na altura, os deputados do PSD de serem fascistas.

Em 2013, José Manuel Coelho voltou a se cruzar em mais um episódio polémico quando decidiu entrar no plenário da Assembleia da Madeira vestido de irmão Metralha. Em causa estava um protesto contra uma condenação de 18 meses de prisão, com pena suspensa, por ter difamado Alberto João Jardim, antigo presidente do Governo Regional.

A relação entre o antigo deputado e a justiça também tem sido atribulada. José Manuel Coelho já tinha sido condenado a pena de prisão domiciliária de 1 ano e meio, em 2018, pelos crimes de difamação agravada e de divulgação de fotografias ilícitas, julgamento que se realizou na Comarca da Madeira. O Tribunal da Relação veio contudo a absolver o antigo deputado do PTP.

O antigo deputado já tinha também sido condenado pelo Tribunal da Relação de Lisboa, a 1 ano de prisão, por difamação agravada, num processo movido por Garcia Pereira, por o deputado madeirense o ter apelido de agente da CIA. Contudo a decisão acabou por ser revertida pelo Supremo em 2018.

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