[weglot_switcher]

Júlio Isidro estreia-se como ator em “O amor é um som” no Teatro S. Luiz

A peça está está em cena a partir de amanhã, quinta-feira, até dia 20, na sala Mário Viegas no Teatro S. Luiz, com sessões de quarta-feira a sábado, às 19:30, e, ao domingo, às 16 horas. Trata-se de uma homenagem à rádio em Portugal, cujas primeiras tentativas e experiências assinalam este ano 100 anos.
3 Março 2022, 07h45

Uma homenagem à rádio em Portugal, cujas primeiras tentativas e experiências assinalam este ano 100 anos, é como a atriz e encenadora Carla Vasconcelos define a peça que estreia amanhã, quinta-feira, no Teatro S. Luiz, em Lisboa.

A ideia de fazer este espetáculo surgiu porque os tios de Carla Vasconcelos e da atriz Luísa Cruz trabalharam na rádio. Ambas pensaram, então, em fazer um espetáculo à maneira dos programas de rádio de antigamente, em que havia emissões com público, explicou Carla à agência Lusa. “Resolvemos fazer isso mesmo, uma emissão de rádio, com orquestra, com canções, com rubricas, todas inspiradas naquele tempo, com publicidade, e então montámos um programa de rádio anos 1940”, desenvolveu.

“O amor é um som” assinala a estreia de Júlio Isidro em palco. À agência Lusa, Júlio disse que a peça faz “a exaltação do enorme poder que continua a ter a rádio”.

Os temas “Franqueza Rude”, na voz de Augusto Paiva, que era cantado no programa “O comboio das seis e meia”, que Igrejas Caeiro fazia em direto do Politeama, ou um tema cantado pelas mexicanas Hermanas Huerta, também em voga naquele tempo, são alguns dos temas que se podem ouvir em “O amor é um som”. Tal como “Fado do ciúme”, desta vez começado num ritmo de morna e terminando em fado, e “Quatro palavras”, este cantado por Francisco José, são também temas que se podem ouvir na peça “O amor é um som”.

A entrada de Júlio Isidro, deveu-se a um “capricho” de Carla Vasconcelos, que há muito queria trabalhar com o apresentador.

Como nunca fez televisão nem rádio, decidiu desafiá-lo para o palco, através de um e-mail, ao qual Júlio Isidro respondeu “onde e a que horas é o ensaio?”.

“O Júlio Isidro está connosco por amor, não é por ser o Júlio Isidro figura pública, é por ser o tio Julião”, acrescentou a encenadora, numa alusão à personagem central do mais recente livro de histórias infantis escrito por Júlio Isidro, “101 Histórias do Tio Julião para Fazer OÓ”.

Até porque “O amor é um som”, título roubado a uma frase de Júlio Dinis que dizia “o amor é um som que reclama eco”, é “um espetáculo de afetos, divertido, de memórias”, acrescentou.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.