Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a subir em todos os prazos em relação a sexta-feira, alinhados com os da Grécia, Irlanda, Itália e Espanha, depois da esquerda radical ter ganho as legislativas gregas.
Hoje, cerca das 08h45 em Lisboa, os juros da dívida portuguesa a dez anos estavam a subir para 2,452%, depois de terem terminado na sexta-feira a 2,450% e de terem descido até ao mínimo de sempre, de 2,418%, a 02 de janeiro passado.
Os juros a dois anos também estavam a subir, para 0,311%, contra 0,295% na sexta-feira e o mínimo de sempre, de 0,287%, a 22 de janeiro passado.
No mesmo sentido, os juros a cinco anos estavam a subir para 1,418%, contra 1,414% na sexta-feira e o mínimo de sempre, de 1,257%, a 02 de janeiro passado.
Numa ‘semana chave’ para os mercados, o partido de esquerda radical Syrisa venceu no domingo as eleições antecipadas na Grécia e o Banco Central Europeu (BCE) anunciou na quinta-feira um programa de compra de dívida soberana dos países da zona euro no valor de mais de um bilião de euros.
Em Portugal, na quarta-feira passada, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou no parlamento que Portugal vai proceder ao pagamento antecipado do empréstimo contraído ao Fundo Monetário Internacional (FMI) durante o resgate financeiro do país.
A governante disse ainda que o Estado acumulou “um montante de reservas de liquidez muito significativo”, que permite “enfrentar com muita tranquilidade” eventuais dificuldades futuras.
Os juros da dívida soberana da Irlanda estavam a subir a cinco e dez anos, bem como os de Itália e os de Espanha em todos os prazos.
Em relação aos juros da Grécia, nos únicos prazos disponíveis para este país, estes estavam a subir a cinco e dez anos.
OJE/Lusa