A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação subiu em dezembro para 1,898%, mais 30,1 pontos base do que em novembro (1,597%) e o valor mais elevado desde setembro de 2012.
De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nos contratos celebrados nos últimos três meses o subiu de 2,365% em novembro para 2,715% em dezembro.
Para o destino de financiamento “aquisição de habitação”, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 1,903%, ou seja, mais 29,7 pontos base face a novembro. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro aumentou 35 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 2,722%.
Considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu 11 euros, para 299 euros, valor mais elevado desde abril de 2009. Deste valor, 99 euros (33%) correspondem a pagamento de juros e 200 euros (67%) a capital amortizado, indica o INE.
Comparativamente com dezembro de 2021, a componente de juros representava 16% do valor médio da prestação (253 euros). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 29 euros, para 536 euros.
O capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 241 euros em dezembro face ao mês anterior, fixando-se em 62.004 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 130.202 euros, mais 1.038 euros que em novembro.