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Juros terão de subir até 6% para travar inflação, alertam ex-membros do Banco de Inglaterra

Willem Buiter, Andrew Sentance e DeAnne Julius, todos ex-elementos do comité de política monetária do Banco de Inglaterra, afirmam que o banco central britânico terá de continuar a subir as taxas de juro.
27 Maio 2023, 17h30

Antigos responsáveis do Banco de Inglaterra alertam que as taxas de juro terão de continuar a subir até 6% para conseguir travar a inflação, um nível elevado que o banco central já disse poder impactar famílias e empresas.

Willem Buiter, Andrew Sentance e DeAnne Julius, todos ex-elementos do comité de política monetária do Banco de Inglaterra, afirmam que o banco central britânica terá de manter o ciclo de inversão da política monetária, avançando com mais subidas das taxas de juro no verão, de acordo com a “Bloomberg”.

Este mês, o Banco de Inglaterra voltou a aumentar os juros pela 12.ª vez, optando desta vez por uma subida de 25 pontos base para 4,5%, em linha com as expectativas do mercado.

A entidade liderada por Andrew Bailey está a dar os mesmos passos que os outros bancos centrais, numa tentativa de travar a escalada dos preços. O Banco Central Europeu (BCE) também aumentou os juros em 25 pontos base, o que revelou um abrandamento face às subidas de 50 pontos base nas últimas reuniões.

Ainda assim, o comunicado do banco central deixou a ideia de que esta subida não terá sido a última. “As decisões futuras do conselho do BCE irão garantir que as taxas de juro serão colocadas em níveis suficientemente restritivos para que se consiga um regresso oportuno da inflação à meta de 2%”, indicava o comunicado, acrescentando que as taxas serão mantidas nestes níveis “pelo tempo que for necessário”.

Por outro lado, a Reserva Federal dos EUA tem afirmado anunciou, no início deste mês, o décimo aumento consecutivo nas taxas de juro, em 14 meses, mas deu a entender que esta poderá ter sido a última subida deste ciclo.

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