A justiça suíça decidiu abrir uma investigação criminal sobre a fuga de informação do Credit Suisse que acabou por expor mais de 18 mil contas, algumas das quais estarão ligadas a atos criminosos, diz a Reuters.
Estas contas do Credit Suisse, diz a mesma publicação, estarão ligadas a empresários sobre os quais recaem sanções ligadas à violação dos direitos humanos, e pessoas envolvidas em esquemas de fraude. O período temporal situa-se entre as décadas de 1940 e de 2010.
Em fevereiro de 2022 foi reportado que estas mais de 18 mil contas teriam mais de 100 biliões de dólares.
Entre os clientes do Credit Suisse estão oficiais venezuelanos ligados a casos de corrupção e filhos do antigo governante egípcio Hosni Mubarak.
Na altura o Credit Suisse rejeitou as acusações deste tipo de práticas. O banco, citado pela CNBC, dizia que cerca de 90% das contas referenciadas na fuga de informação “foram fechadas” ou “estão em processo de serem fechadas”, acrescentando que a instituição bancária “tomou medidas relativamente a clientes considerados impróprios”.
Agora a justiça suíça alega que esta fuga de informação constitui uma violação das leis do segredo bancário, causou danos ao Credit Suisse, para além de ter sido disponibilizada informação confidencial a organizações estrangeiras e os seus respetivos agentes.