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Kaspersky é a primeira empresa russa a ser adicionada à lista negra dos Estados Unidos

A FCC adicionou a Kaspersky à lista de empresas consideradas ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos da América.
  • Kaspersky
3 Abril 2022, 08h00

A Kaspersky Lab tornou-se a primeira empresa russa a ser adicionada à lista de entidades da Federal Communications Commission (a entidade que regula as telecomunicações nos Estados Unidos da América) que são consideradas um risco inaceitável para a segurança dos EUA. Esta decisão surgiu no seguimento de a Alemanha ter avisado que os utilizadores dos produtos da Kaspersky estavam mais susceptíveis a ciberataques ou espionagem.

No início de Março, as autoridades alemãs publicaram um aviso aos utilizadores de produtos da Kaspersky, depois da invasão da Ucrânia pela Rússia. Neste aviso é mencionado que a empresa pode levar a cabo ataques ou ser forçada a atacar ou espiar os seus clientes.

A Kaspersky Lab disse que o aviso das autoridades alemãs teve motivações políticas e que não se baseou em dados técnicos. Embora a FCC não tenha mencionado explicitamente a invasão da Ucrânia, a Kaspersky voltou a afirmar que a decisão americana também teve motivações políticas e que se tratou de uma reacção ao clima geopolítico, em vez de ser baseada numa avaliação completa da integridade dos produtos e serviços da Kaspersky.

Quando uma empresa é incluída na lista da FCC, o estado americano não pode comprar ou manter activos produtos e serviços a essa empresa.

Em 2017, o estado americano foi impedido de usar produtos da Kaspersky, depois de alegações que o código fonte dos produtos antivírus da empresa ter sido comprometido pelo governo russo, mas a Kaspersky foi para tribunal para tentar reverter a situação. A empresa diz que a mudou toda a infra-estrutura de processamento de dados para a Suíça em 2018 e tem negado que tem ligações ao governo russo ou que podia ser obrigada a trabalhar para o governo. No entanto, o fundador da empresa Eugene Kaspersky trabalhou para as forças armadas russas e foi educado numa universidade ligada ao KGB.

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