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Laboratórios Colaborativos captam 100 milhões e criam 553 empregos científicos em cinco anos

Os 26 CoLAB existentes em Portugal operam em áreas estratégicas como saúde, energia, transformação digital e agroalimentar, estão distribuídos por todo o território nacional e agregam 200 entidades parceiras. Nos últimos dois dias reuniram em encontro anual.
18 Outubro 2020, 13h36

A Agência Nacional de Inovação (ANI) estima que em cinco anos o investimento público nos Laboratórios Colaborativos (CoLAB) ultrapasse os 96 milhões de euros e que estes criem 553 empregos qualificados.

Há em Portugal 26 CoLAB em áreas estratégicas como saúde, energia, transformação digital e agroalimentar, a saber: MORE, CoLAB Vinha e Vinhos, DTx, ForestWISE, CoLAB Atlântico, GreenCoLAB, CoLABOR, AlmaScience/Colab, ProBiorefinery, CemLab, Value4Health.CoLAB, CECOLAB, SFCoLAB, NET4CO2, ProChild, InnovPlantProtect, S2uL, CoLab4Food, B2E, VectorB2B, VORTEX, VG CoLAB, FOODLAB, BUILT CoLAB, SeLAB e InovFeed.

Os Laboratórios Colaborativos estão distribuídos por todo o território nacional e agregam 200 entidades parceiras, nomeadamente PME, grandes empresas, instituições de ensino superior e centros de investigação. Entre os parceiros 35% dos associados são firmas de pequenas e média dimensão e 16% grandes empresas. De realçar também a forte presença de entidades do sistema de Investigação & Inovação, que constituem 40% dos associados dos CoLAB. Facto que, segundo a ANI, se explica pela própria natureza dos laboratórios e a sua base profundamente vinculada ao conhecimento produzido junto dos seus parceiros científicos e uma forte orientação para a sua valorização no mercado.

Criados em 2019 pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, os CoLAB pretendem acelerar a transferência de tecnologia e conhecimento para as empresas e resultam da colaboração entre diferentes entidades, desde instituições de ensino superior e unidades de investigação a empresas. Até à data são responsáveis pela criação de mais de três centenas de postos de trabalho altamente qualificados, tendo captado do Governo 69 milhões de euros de investimento, a maior parte dos quais destinou-se à contratação de emprego científico.

No encontro anual, que decorreu este sábado e na sexta-feira anterior, Manuel Heitor, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que está de quarentena por ter testado positivo à Covid-19, salientou, por videoconferência, que os CoLAB têm sido uma “oportunidade para que as instituições científicas e académicas, em estreita colaboração com atores económicos, sociais e culturais, contribuam para a construção, em Portugal, de projetos de relevância internacional, com impacto efetivo na sociedade, estimulando a criação de emprego qualificado em Portugal.”

Na mesma linha, adiantou que “devem consolidar e promover a capacidade e o potencial que as comunidades científicas, académicas e empresariais apresentam para fazer face à oportunidade de relacionar o conhecimento com o bem-estar e o desenvolvimento social e económico em Portugal”.

A ANI é a entidade que acompanha a implementação da agenda de investigação e inovação de todos os CoLAB. Já o processo de reconhecimento dos CoLAB é assegurado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

 

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