Os Laboratórios Colaborativos, ou CoLAB, como são designados, têm vindo a reforçar a sua participação em programas competitivos, tendo aumentado 2,5 vezes a captação deste tipo de financiamento, em 2021. O financiamento ultrapassa já os 50 milhões de investimento. O número foi divulgado esta terça-feira, 6 de dezembro, em Faro, onde até amanhã decorre o 3º Encontro de CoLAB.
Os CoLAB desenvolvem investigação e inovação em áreas críticas para a sociedade, em torno de desafios complexos, em conjunto com 295 entidades parceiras, nomeadamente 173 empresas e 122 entidades não empresariais, incluindo instituições de ensino superior, centros de investigação, associações e parceiros locais.
Portugal contava, no final do ano passado, com 35 CoLAB reconhecidos em áreas estratégicas como Saúde, Energia e Sustentabilidade, Transformação Digital e Agroalimentar, distribuídos por todo o país. Já este ano foram reconhecidos mais seis laboratórios colaborativos.
Segundo dados da Agência Nacional de Inovação (ANI), que acompanha e monitoriza a atividade dos CoLAB, as empresas representam agora 58,6% dos associados, mais 12,6% que em 2020, resultado de um reforço da sua representação nestas estruturas. Destas empresas, 91 são pequenas e médias empresas (PME).
Os CoLAB estão distribuídos por todo o país, mas predominam na região Norte (38%), na Área Metropolitana de Lisboa (33%) e na região Centro (18%).
Em 2021, foram os laboratórios na área dos Materiais, Economia Circular e Sustentabilidade que contrataram um maior número de colaboradores qualificados e que também registaram um maior volume de vendas.
Ainda de acordo com os dados hoje divulgados em Faro, os CoLAB contribuíram para a criação direta de 639 empregos, dos quais 32% doutorados, o que corresponde a 107% do objetivo para 2022.
“Se pensarmos na rede densa de instituições de I&D em que os Laboratórios Colaborativos se integram e deles estarem orientados para a implementação de soluções efetivas e com impacto socioeconómico para resolver problemas complexos e de grande dimensão das empresas, percebemos que os resultados são um forte incentivo para continuar a apostar”, afirma Joana Mendonça, presidente da ANI.