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Le Pen publica imagens do ISIS e está em risco de perder imunidade como eurodeputada

Líder da Frente Nacional partilhou na rede social Twitter três fotografias de execuções feitas pelo autoproclamado estado islâmico. Hoje, a maioria dos eurodeputados votou a favor da retirada da imunidade de Le Pen.
  • Christian Hartmann/REUTERS
28 Fevereiro 2017, 19h52

Marine Le Pen está agora sob investigação, depois da votação dos eurodeputados, que consideram que a imunidade de eurodeputada deve ser levantada.

A líder da Frente Nacional publicou fotografias do ISIS no Twitter, em 2015. Le Pen partilhou três fotografias de decapitações feitas pelo autoproclamado estado islâmico, incluindo imagens da decapitação do jornalista norte-americano James Foley, como escreve a agência Reuters.

“Mostrar e falar sobre o horror do ISIS permite-nos lutar contra ele”, disse à Reuters Florian Philippot, vice-presidente do partido de extrema-direita da Frente Nacional.

A imunidade de Le Pen protege-a da acusação. Se a eurodeputada vir a sua imunidade ser retirada, a ação legal vai ser permitida. A acusação considerada é a de “publicação de imagens violentas”, que em determinadas circunstâncias pode levar uma pena de três anos de prisão e uma multa de 75 mil euros.

A decisão final tem de ser ainda ratificada pelo Parlamento em plenário, numa segunda votação, situação que deve acontecer durante esta semana.

A imunidade de Le Pen já foi levantada em 2013. Foi processada em 2015 com “incitamento à discriminação sobre as crenças religiosas das pessoas”, por ter comparado muçulmanos a rezar em público à ocupação nazi da França, durante a Segunda Guerra Mundial. Mas acusações foram retiradas.

E é caso para dizer “tal pai, tal filha”. O fundador do partido de extrema-direita francês, Jean-Marie Le Pen, teve a sua imunidade levantada, na sequência de um processo em que é acusado de em 2014 ter promovido o ódio racial num vídeo divulgado no site do partido.

 

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