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Lego vai despedir 1.400 trabalhadores

“Construímos uma organização cada vez mais complexa e isso pode levar à nossa estagnação, e até mesmo ao declínio”, disse o presidente da fabricante de brinquedos.
5 Setembro 2017, 12h41

A Lego está a planear despedir 1.400 pessoas. A notícia é divulgada pela Bloomberg, depois de a empresa dinamarquesa ter anunciado uma diminuição dos lucros.

A fraca procura pela nova coleção “Batman” contribuiu para os maus resultados, que representam a pior desaceleração em mais de uma década.

O maior fabricante de brinquedos da Europa registou uma perda de 5% das vendas, para 14,9 mil milhões de coroas dinamarquesas (2 mil milhões de euros).

A empresa anunciou a redução de funcionários em 8%, depois de uma década de expansão rápida.

“Estamos a perder impulso e também a produtividade”, disse o presidente Jorgen Vig Knudstorp, em teleconferência. “Construímos uma organização cada vez mais complexa e isso pode levar à nossa estagnação, e até mesmo ao declínio”.

O declínio das vendas e os despedimentos acentuaram a maior crise da empresa baseada em Billund, na Dinamarca, que começou em 2003 – 2004. Nesse período, a Lego registou os maiores prejuízos de sempre. A partir dessa altura as águas ficaram turvas. Depois de 2004,  liderada por Knudstorp, a empresa conseguiu ser a fabricante de brinquedos mais lucrativa do mundo, mas as vendas voltaram a cair quando as crianças começaram a passar mais tempo a brincar com aparelhos tecnológicos.

Lego Batman

‘LEGO Batman: O Filme’, um filme de animação com o super-herói Batman e os legos, não gerou as vendas que Toys R Us ou a Lego esperavam.

O presidente da Lego recusou-se a comentar o desempenho da linha ‘Lego Batman’, dizendo apenas que tiveram “uma contribuição positiva” para os resultados do primeiro semestre. “A linha de produtos ‘Star Wars’ permanece como uma das nossas principais categorias no mundo, mas as suas vendas também diminuíram ligeiramente este ano”.

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