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‘Leões’ lucram e ‘dragões’ registam prejuízo no primeiro semestre de 2016/2017

A SAD liderada por Pinto da Costa sofreu um prejuízo na ordem dos 30 milhões de euros, no primeiro semestre de 2016/2017, devido à ausência de transferências. A sociedade sportinguista lucrou 46,5 milhões de euros pelas vendas de João Mário e de Islam Slimani.
1 Março 2017, 16h57

Esta semana, as SAD do Sporting Clube de Portugal e do Futebol Clube do Porto apresentaram à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) os resultados do primeiro semestre de 2016/2017, que apontam para um prejuízo na ordem dos 30 milhões de euros na sociedade portista e um lucro de 46,5 milhões na do Sporting.

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O resultado líquido da SAD do Futebol Clube do Porto foi de 29,5 milhões de euros negativos, no primeiro semestre de 2016/2017, causado sobretudo pela ausência de transferências. No que diz respeito ao resultado operacional, situou-se nos 21,7 milhões de euros negativos, sendo que no mesmo período de 2015 estava nos 9,5 milhões de euros negativos.

Excluindo resultados com passes de jogadores, este valor melhorou 14,6 milhões de euros comparativamente ao período homólogo, explicado pelo ao acréscimo das receitas obtidas pela participação nas provas europeias.

O capital próprio da SAD do Porto atingiu os 3,4 milhões de euros negativos a 31 de dezembro do ano passado, o ativo total (374,07 milhões de euros) manteve-se praticamente estável face a 30 de junho, tendo em conta a diminuição do valor a receber dos clientes (38 milhões de euros), e o passivo total aumentou, fixando-se nos 377,5 milhões de euros.

“Apesar do significativo melhoramento dos resultados operacionais excluindo resultados com passes de jogadores, face ao período homólogo, a queda verificada nos resultados com transações de passes, devido à inexistência de transferências de valor expressivo efetuadas no período em análise, levou a agravamento de 11,9 milhões de euros no resultado líquido consolidado do período, que atinge agora os 29,5 milhões de euros negativos”, pode ler-se no documento.

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Justificado pelas vendas dos jogadores João Mário e Islam Slimani, os últimos resultados da sociedade encarregue da gestão do Sporting foram de 46,5 milhões de euros, o que representa um aumento 64,6 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano passado (18,1 milhões de euros negativos).

Quanto aos rendimentos e ganhos operacionais sem transações com jogadores, registaram um acréscimo de 11,5 milhões de euros, consequência do aumento das receitas obtidas pela participação na UEFA Champions League, publicidade, patrocínios e bilheteira.

Relativamente ao ativo, houve um aumento de 62,4 milhões de euros (de 224,3 para 286,7 milhões de euros), fruto da subida no valor do plantel e da rubrica de clientes relativo à venda dos direitos económicos dos jogadores João Mário e Slimani e dos montantes retidos pela UEFA no caso Doyen. Já o aumento dos valores a pagar a fornecedores e a redução da dívida levaram ao crescimento do passivo (de 249,3 para 265,3 milhões de euros).

“A Sporting SAD fechou os primeiros seis meses do ano com um volume de negócios de 122.885 milhares de euros, o maior de sempre mesmo considerando apenas seis meses de actividade, situação esta suportada por um crescimento sustentado de todas as linhas de receita e com as duas maiores vendas de jogadores de sempre, João Mário por 40 milhões de euros e Slimani por 30 milhões de euros, podendo estes valores subir mediante objetivos”, refere o relatório de contas referente a 1 de julho de 2016 e 31 de dezembro de 2016”.

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