O líder da região separatista de Donetsk, na Ucrânia, apoiada pela Rússia, disse este domingo, 12 de junho, que não há razão para perdoar dois cidadãos britânicos condenados à morte na semana passada, após serem capturados enquanto lutavam pela Ucrânia, segundo a “Reuters”.
Um tribunal da autoproclamada República Popular de Donetsk considerou Aiden Aslin e Shaun Pinner – e o marroquino Brahim Saadoun – culpados de “atividades mercenárias” que tinham como objetivo derrubar a república.
O Reino Unido afirma que Aslin e Pinner eram soldados regulares e deveriam ser considerados isentos, de acordo com as Convenções de Genebra, de processos por participação em hostilidades. Os separatistas pró-Rússia que controlam Donetsk dizem que cometeram crimes graves e têm um mês para recorrer.
“Não vejo nenhum fundamento, pré-requisito, para que apresente tal decisão de perdão”, disse Denis Pushilin, líder da república separatista, segundo agências de notícias russas.
Donetsk e Luhansk são duas entidades separatistas apoiadas pela Rússia na região do Donbass, no leste da Ucrânia, que a Rússia diz estar a lutar para remover totalmente do controlo de Kiev.
Três dias antes de lançar a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, o presidente Vladimir Putin reconheceu as regiões como Estados independentes, um movimento condenado pela Ucrânia e pelo ocidente como ilegal.
A família de Aslin disse que ele e Pinner “não são, e nunca foram, mercenários”. Eles viviam na Ucrânia quando a guerra eclodiu e “como membros das forças armadas ucranianas, devem ser tratados com respeito como qualquer outro prisioneiro de guerra”, disse a família em comunicado.