[weglot_switcher]

Líderes portugueses menos confiantes do que a média global

Segundo o Worldcom Confidence Index, estudo sobre a confiança e receios dos CEOs e CMO, em agosto, os líderes dos setores da saúde, TI e industria revelavam os níveis de confiança mais alta. Nos antípodas figuram os responsáveis pelo setor energético.
14 Outubro 2020, 13h43

Os líderes portugueses estão em 19.º lugar no grupo de 31 países, abaixo da média, portanto, na edição de agosto do Worldcom Confidence Index, estudo mensal sobre a confiança e receios dos CEOs e CMOs, realizado pela The Worldcom Public Relations Group (Worldcom), representada no nosso país pela agência de comunicação e marketing digital Do It On.

O estudo analisa os níveis de confiança e receios dos gestores em 11 setores de atividade. No global, os líderes do setor energético demonstram o nível de confiança mais baixo de todo o índice. Em contrapartida, nos lugares cimeiros de confiança encontram-se os líderes dos setores de Saúde, TI, serviços e setores industriais.

As diferenças nos níveis de confiança espelham as diferentes reações à pandemia. Assim, na América do Norte, os líderes mostram-se mais confiantes que os seus pares em seis setores: Energia, Saúde, Tecnologias de Informação, Materiais, Imobiliária e Serviços. No continente africano, os líderes encontram-se mais confiantes do que os restantes em três setores: Produtos de consumo, Finanças e Industriais. Na Ásia, destacam-se dois setores: Serviços de Comunicação e consumidor discricionário. O continente europeu distinguiu-se apenas num setor: Energia (a mesma pontuação que a América do Norte).

No que respeita às preocupações, os líderes da América Latina são os que sobressaem, evidenciando maior inquietação que os seus pares em cinco setores (produtos de Consumo, Saúde, Indústrias, Tecnologias de Informação e Imobiliário). No continente africano, distinguem-se igualmente cinco setores: Serviços de comunicação, consumidor discricionário, energético, materiais e serviços. Os líderes europeus são os mais pessimistas no setor Financeiro.

O foco dos líderes mantém-se em agosto igual a julho. Segundo o estudo, o top 10 dos tópicos merecedores de maior atenção estão relacionados com a recuperação das indústrias. E são:

1. Colaboradores com as qualificações pretendidas são vistos como cruciais à recuperação. Qualificar e requalificar manteve-se no nível mais elevando de atenção, seguido de perto pela retenção de talento.

2. Forma como os media influenciam o sucesso dos negócios.

3. Assuntos ligados à sustentabilidade.

4. Satisfação de clientes. Agir de acordo com a mudança de expectativas que ocorre do lado do cliente é crucial ao sucesso.

5. Imagem corporativa e reputação de marca ocupam o nono lugar no top de atenção dada pelos líderes.

6. Influências financeiras e económicas inseriu-se igualmente nos tópicos mais valorizados pelos líderes, ocupando o 10º lugar.

Também as cinco áreas de preocupação se mantém inalteradas face a julho. A saber, de acordo com os níveis de preocupação crescente: gestão de crise, assédio sexual e prática de outras condutas negativas, impacto da comunicação pelas redes sociais de líderes políticos, mudanças legislativas e governamentais e acordos e tarifas comerciais globais.

O estudo é realizado nos Estados Unidos, Índia, Reino Unido, Austrália, Canadá, China, frança, Alemanha, Japão, Itália, Suécia, Bélgica, África do Sul, Rússia, Países Baixos, Malásia, Finlândia, Dinamarca, Portugal, Brasil, Roménia, república Checa, Noruega, Polónia, Luxemburgo, Tailândia, Hungria, México, Bulgária, Islândia e Eslováquia.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.