[weglot_switcher]

Liga dos Campeões pode ser alargada e perder fase de grupos para impedir Superliga europeia

A ameaça de uma Superliga europeia que excluiria as ligas periféricas perturba a UEFA, que quer aumentar o número de jogos europeus e acabar com os habituais encontros “para cumprir calendário” das equipas que se apuram em quatro ou cinco partidas da fase de grupos.
5 Fevereiro 2021, 21h46

A UEFA estará a considerar alterar o formato da Liga dos Campeões, de forma a tornar a competição mais aliciante e evitar a ameaça de uma Superliga europeia que colocaria em risco a atual maior competição de futebol de clubes europeus.

De acordo com o RMC Sport, a reformulação da competição, que vigoraria a partir de 2024, implicaria o alargamento da competição a 36 clubes, ao contrário dos 32 atuais. Isto levaria a uma primeira fase tipo campeonato na qual as primeiras oito equipas se qualificariam automaticamente para a fase seguinte, com as 16 restantes a disputar um play-off para determinar quem seguiria em prova.

Este modelo, que tem vindo a ser apelidado de “sistema suíço”, garantiria sempre pelo menos 10 jogos a cada equipa, além de evitar que as equipas já qualificadas em cada grupo tivessem as habituais partidas sem qualquer relevância desportiva. Ainda assim, os moldes não estão completamente fechados, sendo incerto como se determinaria que equipas se defrontariam na primeira fase, por exemplo.

As alterações estariam sempre dependentes da aprovação dos clubes e das ligas nacionais, sendo que os calendários internos teriam de se adaptar a este maior volume de jogos. Uma das opções avançadas passaria pela extinção das Taças da Liga em cada país, mas outras medidas teriam de ser tomadas para libertar datas suficientes para o acréscimo de jogos que a UEFA pretende.

Apesar de não haver até agora entraves levantados pelos maiores clubes, a possibilidade de grandes ligas como a inglesa, espanhola, alemã e italiana verem um acréscimo de vagas pode não agradar a clubes de países mais periféricos. Neste modelo alternativo, cada país poderia ter até seis equipas na competição.

Estas alterações visam deter a criação de uma Superliga, um formato que tem sido defendido sobretudo por Real Madrid e Barcelona, mas que a FIFA avisou já envolverá a exclusão dos seus torneios, incluindo o Campeonato do Mundo, de quaisquer atletas que optem por disputar esta prova.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.