A Agência Internacional de Energia alertou que não poderiam existir novas explorações de combustíveis fósseis de qualquer tipo para que se pudesse limitar, a nível global, o aquecimento global a 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. No entanto, esse objetivo parece cada vez mais difícil de alcançar, numa altura em que as centrais a carvão colocam muitas barreiras a este progresso.
O número de centrais a carvão a serem desenvolvidas a nível global caiu no ano passado, mas a quantidade de carvão a ser usado para produção de energia elétrica ainda ultrapassa largamente os limites para evitar mudanças na temperatura do planeta. O número deste tipo de centrais que estão planeadas para serem construídas é, também, demasiado elevado, de acordo com um estudo da Global Energy Monitor publicado na terça-feira e noticiado pelo “The Guardian”
O uso de carvão para produção de energia mostrou um declínio antes da pandemia, mas os confinamentos por todo o mundo levaram a aumentos nesta indústria, em particular na China.
No último ano, verificou-se uma quebra na capacidade total das centrais em projeto, sendo que o número de países que planeia construir centrais como estas caiu de 41 para 34 durante o ano passado. No entanto, as mais antigas estão a demorar mais tempo até serem descontinuadas, motivo pelo qual a quantidade de energia elétrica gerada a partir do carvão aumentou 9% em 2020, atingindo um novo máximo.
De acordo com os autores do estudo, “o último suspiro do carvão ainda não está à vista”, ainda que, em novembro, tenha sido estabelecido um acordo que visava uma “redução gradual” do carvão como fonte de energia elétrica.
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