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Lisboa é a 39ª cidade europeia mais cara para expatriados (com áudio)

A nível mundial a capital portuguesa ocupa a 117ª posição, num ranking que engloba 227 cidades, onde é analisado o custo de vida através de áreas como a habitação, os transportes, a alimentação, o vestuário, os produtos domésticos e o entretenimento.
6 Junho 2023, 07h50

A cidade de Lisboa é considerada a 39ª mais cara da Europa para os expatriados, de acordo com a conclusão do estudo “Custo de Vida 2023”, divulgado pela consultora Mercer esta terça-feira, 6 de junho.

A nível mundial a capital portuguesa ocupa a 117ª posição, caíndo oito lugares em relação ao ano passado.

Este inquérito incluiu mais de 400 cidades em todo o mundo. O estudo deste ano incluiu 227 cidades nos cinco continentes e mediu o custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluindo habitação, transporte, alimentação, vestuário, produtos domésticos e entretenimento.

Tal como aconteceu no ano passado, Hong Kong ocupa o primeiro lugar, com o segundo posto a pertencer a Singapura, que subiu seis posições, ficando o top-5 ocupado por três cidades suíças: Zurique, Genebra e Basileia.

Nos dez primeiros entram também as cidades europeias de Berna (7.º) e Copenhaga (9.º). Outras das cidades mais caras da Europa incluem Londres (17.º), Viena (25.º), Amesterdão (28.º) e Praga (33.º), que subiu 27 posições desde o ano passado, e Helsínquia (34.º).

Outra das conclusões deste estudo da Mercer indica que as empresas estão a repensar a sua estratégia de atração e retenção de talento devido ao aumento do modelo de trabalho remoto e flexível, a crescente tensão política e a inflação estarem a impactar a compensação dos colaboradores.

A qualidade de vida global que uma cidade oferece ganha também maior peso nas opções dos colaboradores e escolhas das empresas. Por outro lado, os riscos e outras questões negativas, como catástrofes naturais, a tensão política e/ou económica, as elevadas taxas de criminalidade, as infraestruturas deficientes e a conetividade internacional limitada podem ser importantes dissuasores para as empresas e para os seus colaboradores.

Tiago Borges, Career Business Leader da Mercer Portugal, refere que “a concorrência no mercado global de talentos é intensa e, com a crise do custo de vida a afetar tanto os colaboradores como as organizações, as empresas têm de ser flexíveis. A estrutura da compensação para os colaboradores remotos e com mobilidade internacional deve ser clara e sustentada em dados fiáveis”.

Por sua vez, Marta Dias, Rewards Leader da Mercer Portugal, afirma que “de um modo geral, os países e as cidades esforçam-se continuamente por atrair empresas internacionais, bem como nómadas digitais e expatriados. Os locais de maior sucesso são atualmente aqueles que combinam politicas atrativas e flexíveis para talentos móveis, uma elevada qualidade de vida e um custo de vida razoável”.

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