A rota entre Lisboa-Madrid está incluída entre as dez com maior capacidade aérea da Europa, em agosto, diz a SkyExpert, que recorreu aos dados da consultora OAG, relativos às rotas aéreas com maior capacidade medida pelo
número de lugares disponíveis à partida do Continente Europeu para qualquer destino.
A ligação entre Lisboa-Madrid ocupa o sexto posto, com 179.193 lugares, numa lista liderada por Antalya – Moscovo (Vnukova) com 299.938 lugares disponíveis.
Segue-se Nova Iorque (JFK) – Londres (Heathrow) com 257.823, Dubai – Londres (Heathrow) 227.450, Dusseldorf – Palma de Maiorca 208.603, Teerão – Istanbul (IST) 182.066, Lisboa – Madrid 179.193, Doha – Londres (Heathrow) 176.206, Paris (CDG) – Montréal 175.584, Copenhaga – Oslo 172.974, Paris (CDG) – Nova Iorque (JFK) 161.204.
“Os dados baseiam-se em aeroportos e não cidades, caso contrário Londres com seis aeroportos e Paris com três, certamente açambarcariam todos os lugares deste ranking. A unidade é a capacidade (número total de lugares disponíveis) e não o número de frequências ou de passageiros efetivamente transportados”, refere o diretor da SkyExpert, Pedro Castro.
“A Europa evoluiu em termos de transportes alternativos e conseguiu atrair os passageiros aéreos para a ferrovia. É por isso que todas as rotas deste Top 10 têm algo em comum: são geograficamente distantes ou intransponíveis por
outro meio de transporte. Todas, exceto uma: Lisboa – Madrid. É um claro sinal e uma consequência do nosso atraso e é um ponto importante da agenda climática”, diz Pedro Castro.
O diretor da SkyExpert salienta também que entre Dusseldorf e Palma, dois aeroportos não hub, o tráfego “é puramente local”, no caso de Lisboa-Madrid é “mais um campo de batalha” entre TAP, Iberia e Air Europa que se “roubam mutuamente” passageiros em transferência através de preço.
“Para um português, é mais barato viajar de Lisboa para Cancun via Madrid e para um espanhol é mais barato fazê-lo via Lisboa. Este tipo de guerra comercial não é sancionada e tem um elevado custo ambiental porque acrescenta emissões de forma desnecessária e, ainda por cima, mais barata. Vai totalmente contra o princípio do poluidor-pagador”, salienta Pedro Castro.
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