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Livro de Teixeira dos Santos dá mote a mesa redonda na Porto Business School

No livro, lançado no início do ano, o ministro das Finanças de José Sócrates aborda questões fulcrais do passado para definir estratégias vencedoras para enfrentar os estrangulamentos estruturais na economia.
28 Abril 2022, 19h00

Fernando Teixeira dos Santos participou esta esta tarde na Porto Business School numa sessão de apresentação do seu livro “Mudam-se os Tempos, Mantêm-se os Desafios”, que foi ponto de partida para uma mesa redonda com o também docente da escola de negócio, José Luís Alvim.

A iniciativa foi promovida pelo Alumni Leading Readers, organização do Alumni Office em parceria com o Centro de Documentação e Informação da escola de negócios, onde 2013 e 2016, Teixeira dos Santos foi docente e coordenador do MBA Executivo e do Magellan MBA da Porto Business School.

“Mudam-se os Tempos, Mantêm-se os Desafios”, lançado em janeiro, como o Jornal Económico oportunamente noticiou, analisa a situação económica do país e o que tem condicionado o seu progresso: a produtividade, o equilíbrio externo e as finanças públicas.

Teixeira dos Santos utiliza dados estatísticos desde meados do século XX até aos nossos dias para traçar a evolução da economia portuguesa. Recorre a diagramas, quadros exemplificativos e sínteses conclusivas que ajudam a compreender a evolução dos indicadores utilizados no livro.

Recentemente, Teixeira dos Santos, que como ministro das Finanças de José Sócrates teve um papel decisivo no conturbado período que antecipou o terceiro pedido de resgate financeiro de Portugal ao Fundo Monetário Internacional, afirmou na “Grande Entrevista”, na RTP3, conduzida pelo jornalista Vítor Gonçalves: “Não houve coragem política para usar um programa mais ousado. […] Várias vezes comuniquei ao primeiro-ministro que precisávamos de pedir ajuda, em que eu lhe disse que íamos precisar de ajuda. Ele disse que ia ver. Era um jogo de ir adiando”.

José Sócrates argumentava com a reputação internacional e com os mercados. “A reputação já não estava bem […]. As medidas do PEC 4 [Programa de Estabilidade e Crescimento] imponham sacrifícios significativos. Já estávamos fora dos mercados”, anotou Teixeira dos Santos, acrescentando que um “default seria desastroso para a banca”.

No dia 6 de abril de 2011, José Sócrates anunciava finalmente ao país ter pedido ajuda às entidades internacionais.

 

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