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Londres quer manter boas relações com Portugal depois do ‘Brexit’

Estimativas apontam para mais de 400 mil portugueses residentes no Reino Unido e, o governante britânico espera que a saída da União Europeia não implique as relações com Portugal.
29 Março 2017, 20h07

Damian Green, ministro do Trabalho britânico, revelou à agência Lusa o seu desejo em manter as boas relações com Portugal, acrescentando que espera chegar a um acordo “muito rapidamente” e proteger os direitos adquiridos dos cidadãos europeus trabalhadores no Reino Unido, em especial no que diz respeito às pensões de reforma, noticiam os meios de comunicação.

“Nós dissemos que queremos que as pessoas que já cá estão mantenham os seus direitos, tal como o queremos para os cidadãos britânicos que vivem noutros países na UE”, afirmou Green.

As estimativas apontam para mais de 400 mil portugueses residentes no Reino Unido e, o governante espera que a saída dos britânicos da União Europeia não implique as relações com Portugal. Recorde-se que estes países têm a mais antiga aliança diplomática do mundo, em vigor desde 1373.

“Obviamente que temos muito boas relações e sempre tivemos, há séculos, com Portugal e queremos manter os nossos velhos amigos. Mas não são apenas os velhos aliados como Portugal, são outros também. Nós pensamos que há uma lógica enorme em chegar a um fim positivo destas negociações”, disse o ministro, reafirmando a sua vontade em alcançar uma relação “próxima e especial” com os países europeus.

“Nós pensamos que é bom para nós, mas também para Portugal e para outros países na Europa, porque em termos de comércio, segurança, dos direitos mútuos dos nossos cidadãos, temos muito em comum. Partilhamos valores liberais, valores democráticos, e queremos continuar a fazê-lo, de fora da UE”.

As negociações do processo de saída do Reino Unido iniciaram-se formalmente hoje, com a activação do artigo 50º, no entanto, o ministro relembra que tentou proteger os direitos dos cidadãos europeus no Reino Unido ainda antes deste arranque.

“Nós oferecemos um acordo sobre direitos adquiridos muito cedo, há uns meses atrás, mas os outros países disseram: ‘Ainda não, têm de ativar o artigo 50.º primeiro’. Hoje ativámos o artigo 50.º, por isso esperamos conseguir resolver isto numa fase inicial das negociações”, afirmou.

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