[weglot_switcher]

Lone Star convida Jerónimo Martins, Amorim e Sonae a investir no Novo Banco

Lone Star não descarta a hipótese do convite ser estendido a mais empresas nacionais, apurou a TVI. A estratégia do fundo americano passa por conceder seis mil milhões de crédito por ano a empresas portuguesas, focar na atividade bancária, reduzir a presença internacional e ser acionistar durante até 10 anos.
15 Fevereiro 2017, 11h51

Através de cartas, o fundo Lone Star convidou pelo menos cerca de seis empresas privadas nacionais para participarem no processo de aquisição do Novo Banco, entre as quais se encontram a Jerónimo Martins, Amorim e Sonae, de acordo com a TVI, além do grupo Violas, anteriormente identificado. No entanto, o convite pode ainda vir a ser alargado a outros potenciais interessados, diz o canal de televisão.

Carta Lone Star

A TVI teve acesso à um exemplar da carta, aqui divulgada, que o fundo norte-americano enviou aos grupos industriais nacionais.

No convite feito aos investidores, está explicada a estratégia proposta pelo fundo norte-americano para o futuro do banco português. Manter o Novo Banco como um todo e focar-se no tecido empresarial são a duas principais promessas.

A estratégia prevê ainda a concessão de seis mil milhões de euros de crédito por ano a empresas nacionais, dos quais cerca de 67% (quatro mil milhões) vão estar destinados às PME. Contudo, o Lone Star tenciona reduzir as áreas que não estão relacionadas com o setor bancário, bem como a presença internacional do banco, indo ao encontro das exigências de Bruxelas. O convite destaca ainda a continuação da operação em Espanha.

Segundo a TVI, o fundo norte-americano pretende dispersar, após a reestruturação do banco, o capital na bolsa de Lisboa, através de uma operação pública inicial.

O Lone Star garante que, durante entre oito a dez anos, vai continuar a ser acionista do Novo Banco, o que se traduz no tempo necessário para reestruturar a entidade. Já anteriormente, o fundo norte-americano havia comprado seis bancos pelo mundo. A estratégia passa por comprar barato, reestruturar a instituição, tornando-a lucrativa e, num prazo máximo de dez anos, vender.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.