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Lotação dos comboios da grande Lisboa oscilou entre os 13% e os 23% no período de desconfinamento

O Ministério das Infraestruturas e da Habitação garante que em 662 comboios realizados diariamente pela CP em Lisboa neste último mês de desconfinamento, apenas um comboio regista pontualmente uma ocupação máxima de cerca de 60%: a ligação Sintra-Lisboa Oriente, no horário das 6h36m.
28 Maio 2020, 14h15

A lotação dos comboios urbanos da área de Lisboa esteve sempre abaixo dos dois terços da respetiva capacidade, como é exigido pela lei que estabelece o atual período de desconfinamento em Portugal, iniciado a 30 de abril.

Segundo um comunicado do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, a lotação dos comboios da Área Metropolitana de Lisboa em hora de ponta no período em análise tem oscilado entre uma taxa de ocupação média de 13% entre o Cais do Sodré e Cascais e de 23% na ligação entre Sintra e Alverca.

A taxa de ocupação média da ligação ferroviária entre Lisboa – Santa Apolónia – Azambuja em horas de ponta no período em apreço fixou-se nos 16%; entre Sintra e o Rossio nos 18%; e entre a Azambuja e Alcântara nos 19%.

“No momento em que vamos iniciar uma nova fase de desconfinamento, a 1 de junho, importa dar nota que durante este último mês, mesmo nas horas de ponta, não existiu nenhum comboio da Linha de Sintra, Cascais ou Azambuja que circulasse com lotação superior aos dois terços determinados legalmente para este período da pandemia Covid-19”, assegura o referido comunicado.

O ministério liderado por Pedro Nuno Santos sublinha que, “em 662 comboios realizados diariamente pela CP em Lisboa, apenas um comboio regista pontualmente uma ocupação máxima de cerca de 60%: a ligação Sintra-Lisboa Oriente, no horário das 6h36m”, acrescentando que “todos os restantes circulam com ocupação inferior a 30%”.

“O Ministério das Infraestruturas e da Habitação tem estado especialmente atento à situação nos comboios urbanos da Área Metropolitana de Lisboa, promovendo junto da CP uma monitorização permanente da sua lotação e desinfeção”, salienta o referido comunicado, explicando ainda que, “ao contrário do que tem sido dito, não é possível aumentar o número de carruagens que circulam em cada comboio para aumentar a sua capacidade, uma vez que a dimensão das composições já se encontra no limite permitido em termos de segurança ferroviária (ocupam toda a plataforma), na linha de Sintra”.

“Existe ainda um outro constrangimento ao aumento da oferta em termos de horários, porque no caso da linha de Cintura de Lisboa, não há capacidade da infraestrutura para integrar mais comboios na circulação”, assinala o comunicado do Ministério das Infraestruturas.

Recorde-se que hoje, dia 28 de maio, o Bloco de Esquerda exigiu que todas as carruagens disponíveis da CP fossem postas a circular nas linhas de Sintra e da Azambuja para evitar a sobrelotação dos comboios.

Por um lado, com este comunicado, o ministério de Pedro Nuno Santos responde que nunca houve sobrelotação. Por outro, apresenta questões técnicas que impedem o aumento do número de carruagens a circular nestas linhas ferroviárias da Área Metropolitana de Lisboa.

Relativamente à limpeza e desinfeção dos comboios, “tão crucial e exigente neste momento, elas são feitas diariamente”, assegura o ministério da tutela.

De acordo com esta nota, “adicionalmente, e face à situação verificada na linha da Azambuja, a CP passou a realizar desinfeção adicional dos comboios nesta linha na Estação da Azambuja, sempre que a rotação o permita”.

“Todas as desinfeções são devidamente registadas e assinadas pelos responsáveis, para controle e verificação pela empresa”, garante o Ministério das Infraestruturas, revelando que “os últimos dados, relativos ao período de 17 de março a 11 de maio, apontavam para 34.613 veículos desinfetados, numa média de mais de 500 por dia”.

“Apesar de todos os cuidados, o Governo apela mais uma vez a que os utilizadores sejam responsáveis e nunca deixem de utilizar, tanto no comboio, como na estação, a máscara obrigatória e que mantenham, dentro do possível, a distância social”, conclui o referido comunicado.

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