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A loucura dos mini apartamentos na China

No passado sábado foram postos à venda 9 mini apartamentos de 12 metros quadrados por 117 mil euros em Shenzhen. E vendidos numa questão de horas. Mas a polémica não fica por aqui.
  • Qilai Shen/Bloomberg
27 Setembro 2016, 12h41

A bolha imobiliária na China não parece dar sinais de abrandar. Ainda no passado sábado, na cidade costeira de Shenzhen, do outro lado de Hong Kong, foram colocados 9 mini apartamentos à venda pelo exorbitante preço de 117 mil euros – e vendidos em poucas horas. É um valor de mercado de 9750 euros por metro quadrado, mais do dobro das zonas mais caras de Lisboa. E por um apartamento que possui apenas 12 metros quadrados – e onde a cama tem de ser levantada para que o quarto possa ser utilizado como sala.

O mais estranho é que os responsáveis pela venda, a imobiliária Zhongzhi, terá sido acusada de publicidade enganosa, precisamente porque exagerou no tamanho dos apartamentos mas, para baixo!. Parece que o tamanho diminuto foi mesmo um dos argumentos de venda e a imobiliária chegou a anunciar que tinham apenas seis metros, quando na realidade possuem os tais 12 gigantescos metros.

Mais estranho ainda foi o volte face seguinte, porque toda esta histeria imobiliária chamou a atenção das autoridades locais que foram investigar e descobriram que os apartamentos não respeitavam as regras de construção. Segundo a lei chinesa, um apartamento destinado à habitação não pode ter menos de 22 metros quadrados, pelo que venda era ilegal. Assim, as autoridades de Shenzhen ordenaram à imobiliária que anulasse as vendas e devolvesse o dinheiro aos compradores.

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