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“Love from Manchester”. A mensagem enviada ao Daesh num míssil britânico

A bomba terá partido da base aérea da RAF em Chipre, com a missão de alvejar e enfraquecer as forças do grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico, que reclamou a autoria do atentado desta segunda-feira na Manchester Arena.
  • Khalil Ashawi/Reuters
26 Maio 2017, 12h20

A força aérea britânica, Royal Air Force (RAF), confirmou esta quinta-feira a autenticidade da imagem a circular nas redes sociais de uma bomba Paveway IV, usada num ataque aéreo contra o autoproclamado Estado Islâmico, com a mensagem “Love from Manchester”. A bomba surge como forma de retaliação pelo ataque suicida na Manchester Arena, que esta segunda-feira vitimou pelo menos 22 pessoas à saída de um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande.

Depois de ter gerado uma onda de especulação em torno da veracidade da imagem, a RAF veio a público confirmar que “a fotografia é genuína” e, embora seja desconhecido o seu autor, ela reflete o sentimento milhares de britânicos e europeus em todo o mundo.

“O sentimento refletido na mensagem escrita na arma é compreensível e esse tipo de escrita tem história na RAF, de modo que o indivíduo em causa [o autor da mensagem] não será chamado à razão”, indica fonte da força de aérea do Reino Unido, ao jornal britânico ‘The Telegraph”.

A bomba terá partido da base aérea da RAF em Chipre, com a missão de alvejar e enfraquecer as forças do grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico, na Síria, que reclamou a autoria do atentado na Manchester Arena.

Recorde-se que esta segunda-feira, um bombista suicida fez-se explodir à saída do concerto da cantora Ariana Grande, na Manchester Arena. Pelo menos 22 pessoas terão morrido e 64 continuam internadas, 20 das quais encontram-se em estado muito grave. As vítimas são na sua maioria crianças e jovens com menos de 16 anos. Este é já considerado o pior atentado terrorista desde os ataques de julho de 2005 em Londres.

O país declarou estado de emergência perante o risco de “ameaça iminente” de ser alvo de um novo ataque terrorista. A segurança e patrulhamento policial está a ser reforçada em todo o Reino Unido. Este é o segundo país do Ocidente com mais combatentes nas fileiras do autoproclamado Estado Islâmico. Desde 2014, partiram para a Síria mais de 800 britânicos.

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