O lucro líquido da EDP Energias de Portugal subiu 16% para 1.113 milhões de euros no ano passado, suportado pelo ganho extraordinário de cerca de 600 milhões de euros com a venda da Naturgas e da Portgás, anunciou a empresa.
O EBITDA – resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização – subiu 6% para 3.990 milhões de euros. No entanto, sem contabilizar o ganho não-recorrente com essas alienações, esse item caiu 5% (-175 milhões de euros), para 3.523 milhões de euros em 2017, penalizado pela seca severa na Península Ibérica.
“O resultado líquido da EDP subiu 16%, para 1.113 milhões em 2017. Ajustado dos efeitos não recorrentes (+41 milhões em 2016 e +268 milhões em 2017). O resultado líquido recuou 8% em termos homólogos, de 919 milhões de euros em 2016 para 845 milhões em 2017”, anunciou a empresa, em comunicado divulgado no site da CMVM.
A energética sublinhou que a hidraulicidade ficou 53% abaixo da média de longo prazo em 2017, “um dos 4 anos mais secos desde 1931; comparado com uma hidraulicidade 33% acima da média em 2016”. Explicou que os números foram ainda afectados pela exclusão de consolidação do negócio de distribuição de gás na Peninsula Ibérica.
“Estes efeitos foram parcialmente compensados por: i) uma subida de 17% no negócio eólico & solar, suportado pela expansão de portfólio (+9% em termos médios) e pela primeira venda de uma participação em regime ´farm down’ no projecto offshore; e ii) um crescimento de 14% no Brasil, suportado pelo efeito cambial favorável e por uma adequada gestão da desafiante situação hídrica, mediante a integração da totalidade do portfólio (geração/distribuição/comercialização) através da estratégia de coberturas e da gestão dos volumes contratados/descontratados”, adiantou.
A empresa vincou que o peso das operações internacionais no EBITDA subiu de 53% para 61%.
O Caixa Banco de Investimento previa um lucro líquido de 1.343 milhões de euros e um EBITDA de 4.109 milhões de euros, incluindo os ganhos não-recorrentes.
A 3 de novembro de 2017, a empresa reviu em baixa a previsão sobre o lucro líquido recorrente para o conjunto do ano passado para entre 850 e 900 milhões de euros, face à anterior estimativa de um valor igual ou superior a 919 milhões de euros.
António Mexia, CEO da EDP, confirmou em conferência de imprensa que o board vai propor à assembleia geral de acionistas o pagamento de um dividendo de 0,19 euros por açao pelo exercício de 2017, o que representa um total de 696 milhões de euros e um payout ratio de 62%.
[Notícia atualizada às 17h21]
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