Lucro da Fosun International aumentou 17% no primeiro semestre

O lucro do conglomerado chinês Fosun International aumentou 17% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2017, para 6,86 mil milhões de yuans (cerca de 0,861 milhões de euros). Contrariamente às suas congéneres nacionais, a empresa manteve o ímpeto na compra de ativos no estrangeiro, embora os números apontam para uma desaceleração do crescimento dos resultados líquidos face a anos anteriores.

Este foi o sexto ano consecutivo de crescimento do lucro da Fosun International. No período em análise, a dona da Fidelidade e maior acionista do BCP viu a sua receita aumentar 20%, para 43,51 mil milhões de yuans (cerca de 5,4 mil milhões de euros). O lucro por ação da Fosun foi de 0,98 yuans (cerca de 12 cêntimos), o que corresponde a um aumento de 18% em relação a igual período do ano passado.

A empresa liderada por Guo Guangchang tem vindo a enfrentar uma análise mais rigorosa aos seus investimentos no estrangeiro, procurando agora uma estratégia de desenvolvimento alinhada com as prioridades do Governo chinês. Desde o início do ano, a Fosun comprou uma participação de 17% na cervejaria chinesa Tsingtao, uma participação na empresa de doces francesa St-Hubert e nas marcas de roupa Wolford e Lanvin.

Ao mesmo tempo, a empresa têm-se esforçado por reduzir a dívida líquida e equilibrar as aquisições com a venda de ativos. O índice líquido de liquidez da Fosun aumentou para 53,6% nos primeiros seis meses do ano e, no final de junho, a dívida da Fosun era de 162,47 mil milhões de yuans (aproximadamente 20,5 mil milhões de euros). Em dezembro do ano passado, a dívida da empresa chinesa era de 150,46 mil milhões de yuans (quase 19 mil milhões de euros).

Guo Guangchang, presidente da Fosun Internacional, indica que a subida nos ganhos da empresa reflete “a resiliência do modelo de negócios da empresa, que se concentra em ecossistemas de saúde, felicidade e riqueza para as famílias globais com raízes profundas na China”. “Nos primeiros seis meses de 2018, continuámos a fazer investimentos estratégicos em todo o mundo, equilibrados com alguns desinvestimentos importantes em vários projetos”, afirmou.