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Lucro da Navigator cai 20,5% no primeiro trimestre para 35,6 milhões de euros

A ex-Portucel, subiu as quantidades vendidas de pasta e de ‘tissue’ em 40% e 24%, respetivamente, nos primeiros três meses deste ano. A queda no lucro é explicada por um maior taxa efetiva de IRC paga nos primeiros trimestre de 2017 face ao período homólogo.
4 Maio 2017, 07h44

A The Navigator Company (ex-Portucel) encerrou o primeiro trimestre deste ano com vendas de 392,7 milhões de euros, mais 2,1% que no período homólogo do ano passado.

No entanto, os lucros da empresa liderada por Diogo da Silveira nos primeiros três meses deste ano ascenderam a 35,6 milhões de euros, menos 20,5% do no primeiro trimestre do ano passado (44,7 milhões de euros). Esta diferença é explicada pelo facto de nos primeiros três meses do ano transacto, os lucros da The Navigator Company terem beneficiado de uma taxa efetiva de IRC de 16,88%, “minorada por benefícios fiscais contratuais entretanto esgotados”, enquanto que no primeiro trimestre deste ano a taxa efetiva de IRC voltou a situar-se em 27,5%.

O EBITDA decresceu 3,6%, de 93,5 para 90,2 milhões de euros. O Caixa BI previa um lucro líquido de 29,4 milhões, EBITDA de 89,3 milhões e vendas de 385,1 milhões.

 

O grupo controlado por Pedro Queiroz Pereira reduziu o endividamento líquido para 616,6 milhões de euros, mantendo-se o ´racio de dívidas líquida/EBITDA em 1,6.

As vendas de pasta da The Navigator no período em análise subiram 40%, passando de 65 mil toneladas para 90 mil toneladas. As vendas de ‘tissue’ cresceram 24%, de 11 para 14 mil toneladas.

Por seu turno, as vendas de energia elétrica subiram 15%, de 389 MWh para 449 MWh.

O conselho de administração da The Navigator Company propôs a distribuição de 170 milhões de euros em dividendos: 0,2371 euros pro ação, em linha com o ano precedente. O dividendo total proposto, incluindo reservas, é de 0,3487 euros por ação, o que se traduz por um ‘dividend yield’ de 9%.

Outlook forte na pasta e no papel

Quanto a perspetivas futuras, no mercado de pasta de fibra curta, os responsáveis da The Navigator consideram que “é expectável que os próximos meses sejam bastante positivos para o setor”, embora subsistam “preocupações relativamente às novas capacidades de pasta programadas para entrar no mercado a partir da segunda metade do ano e ao seu impacto no equilíbrio entre a oferta e a procura de pasta”.

No que respeita ao segmento de ‘tissue’, o grupo espera “uma maior pressão nas suas margens devido à forte subida do preço da pasta e à entrada de nova capacidade no mercado”.

No segmento do papel, a The Navigator Company admite que houve “um fortalecimento nas condições de mercado a partir do final do ano de 2016, que se tem prolongado ao trimestre,  e que se traduz num nível de encomendas recorde para a época”, acrescentando que “a indústria regista atualmente o nível de encomendas mais forte dos últimos sete anos, esperando-se que o bom momento que o setor atravessa, se prolongue durante o segundo trimestre”.

Já em abril, o grupo controlado por Pedro Queiroz Pereira voltou a aumentar o preço dos produtos de papel.

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